Há alguns meses vimos o chamado “mercado” quase ruir graças aos investimentos de risco feito por grandes jogadores no mercado imobiliário, chamado de subprime. Na verdade, o “mercado” estava apostando em um dos mais antigos desejos do homem, que é ter a sua casa própria.
Se tomarmos como base o que ocorreu nos Estados Unidos – não a especulação, mas a compra da casa própria – podemos dizer que este desejo – o de ter o seu lugar onde morar – é comum ao ocidente. No caso do Brasil, então, sempre ouvimos dizer que um dos maiores sonhos dos brasileiros é ter sua casa. E para isso dispõe-se – aliás, como em outros lugares – a pagar por longos e longos anos.
Não tinha visto, até agora, este desejo transformado em números. Aqui, no Espírito Santo, o jornal A Tribuna publicou, nesta semana, um levantamento feito por consultoria a partir do volume do Produto Interno Bruto estadual. E uma das revelações é que entre os dez maiores gastos das pessoas, três são relacionados aos imóveis, indo do aluguel à compra e, dela, à reforma.
O curioso é que a maior parte deste gasto se dá com aluguel, não com a compra. Ela, na verdade, vem atrás do desejo de se ter um automóvel e fica bem à frente da reforma, em sétimo lugar nos gastos. Na listagem estão, também e como não poderia deixar de ser, os dispêndios com comida fora de casa. A correria da vida fez com que, de há muito, não mais almocemos em casa. Então, este tipo de gasto aumenta.
Um dos dados surpreendentes do levantamento é que os gastos com saúde estão apenas em décimo lugar e, sabemos, pelos resultados de todas as pesquisas, que saúde é uma prioridade dos brasileiros. Com ela, no entanto, eles gastam menos do em móveis, por exemplo, e muito menos do que em educação. E por falar em dados surpreendentes, o que se gasta com cerveja é bem mais do que o gasto com verduras, legumes e frutas.
Aparentemente, entre uma comida saudável e uma cerveja, o capixaba prefere a última. Não será o mesmo em se tratando dos brasileiros? O fato é que uma geladinha é mesmo atraente, principalmente com o sol a pino e à beira praia. Mas sou capaz de apostar que o capixaba não é o maior bebedor de cerveja do país.
9 Respostas
Sem dúvida, a geladinha tem e sempre terá seu lugar, Lino!
Sou adepta do ditado: “Vamos beber porque comer engorda!”, hahahaha”
Bjo.
Bom,aqui em SP,ando impressionado com a quantidade de lançamentos pra todas as classes. pipocam como se fosse muito facil vender um ap de altÃssimo padrão,por exemplo.
Vai entender,hehehe
Abração!!
Lino loira,preta ou mulata, super gelada e em cima da mesa é o que eu mais venero. Não só eu não compadre, o brasileiro em geral.
Ô Lino, dizem por aqui que a cevada é um ótimo alimento.
Lino, ando impressionada com a bebedeira do povo!
🙂
Falta feijão, mas não falta a cachaça!
Beijus
Lino,
meu caro… talvez a necessidade humana de ter um lar seja uma questão meio sócio-filosófica, pois tendo seu próprio espaço é mais fácil o ser humano impor sua individualidade e suas opiniões, por outro lado… convenhamos… É muito melhor você buscar um teto com saúde, do que ter um teto e morrer sem poder aproveitá-lo…
Beijos (Des)conexos!;)
Também posso apostar.Em outros estados bebe-se mais ( não vou citar aquà meu pensamento senão vira polêmica rsrsr).
Faço parte desse sonho da casa própria ao projetar esse sonho e colocar nele todos os anseios de quem vai morar. É um belo trabalho, que adoro.
beijão, Lino.
Perdoe a ausência forçada.
Pois é, meu amigo!
As pessoas tendem a imitar o governo. E como o nosso governante mor gasta pouco com a saúde do povo mas não dispensa uma boa cervejinha… o exemplo está dado e é para ser seguido.
E como não estamos na França de Maria Antonieta, aquà se diz que, se o povo tem fome, dê-lhe cevada, que alimenta… e ainda embota o juizo… rs.
Grande abraço.
Lino, brasileiro é assim, sempre coloca os carros na frente dos bois. A primeira coisa que ele quer ao receber uma boa grana é o carro do ano. A casa, bem, fica sempre para depois.
Quanto ao mercado imobiliário0 em Sampa, cresce a todo momento, mas os preços são da hora da morte.