Na literatura e no cinema, os computadores normalmente são pintados com cores fortes e se antepõem aos humanos. Veja-se, como exemplo, o caso de Matrix, em uma terra dominada por máquinas que querem exterminar os humanos. Ou até mesmo no caso de Eu, Robô, quando um “ser artificial” mata o seu criador e, a partir da investigação do crime, estabelece-se a trama da história, com os robôs – computadores – fazendo o papel de bandidos.
Ficção a parte, o que os cientistas vem trabalhando, de há muito, é na melhoria dos computadores, fazendo com que fiquem melhores e buscando o objetivo de que, em um futuro próximo, imitem o cérebro humano. Como vocês devem saber, um computador – e neste caso, também um robô – podem fazer cálculos muito mais rapidamente do que um homem, uma mulher, mas não é capaz de pensar como um humano, de forma randômica e fazendo associações aleatórias, que é como o nosso cérebro funciona.
As pesquisas sobre robótica, de um lado, não só cuidam do desenvolvimento de como um robô será, mas usa poder computacional para que ele funciona, haja. De outro lado, no caso especifico dos computadores, eles estão ficando mais potentes a cada dia, mas isso não significa que “pensem”. Eles tem imensa capacidade de processamento, mas ele precisa ser induzido. Em um futuro, dizem os pesquisadores, talvez os computadores – e com isso, os robôs – venham a pensar.
Chegaremos, então, ao que na literatura e na ficção Isaac Asimov chamou de “cérebro positrônico”. Mas isso é futuro. Como é que está a situação hoje? Se tomarmos como base as afirmações de Dharmendra Modha, que é pesquisador da IBM, estamos apenas a uma década de ter computadores que serão capazes de pensar, ou melhor, de imitar o cérebro humano. O pesquisador informou que cientistas da companhia e de outras empresas já conseguiram simular a complexidade do córtex felino, um desafio que permite estimar o dia em que será possível alcançar a capacidade do cérebro humano.
Na verdade, a IBM e algumas universidades dos Estados Unidos estão trabalhando em um projeto computação cognitiva, usando, para tanto, verbas do Departamento de Defesa. O objetivo de recriarem a capacidade do córtex humano e de acordo com o pesquisador, houve um bom avanço, já que conseguiram simular o córtex do cérebro em tempo real, com mais de um bilhão de neurônios ativos, além de 10 trilheis de sinapses de aprendizado individuais. Para isso, usaram um computador “simples” com 147.456 processadores e 144 terabytes (TB) de memória. Segundo Modha, os resultados já excedem a capacidade de um córtex de gato.
O pesquisador acha que foi feito um tremendo avanço o que, no seu entender, nos permite antever o dia em que os computadores imitaram o cérebro humano. Neste futuro, teremos máquinas muito mais eficientes. Mas será que elas terão a capacidade de, equipando “seres artificiais”, produzir robôs que, de fato, imitem os humanos, não só na forma, mas no pensar? E será que tal poder de processamento – que inclui indução e associações randômicas – será benéfica para os humanos?
Os cientistas acham que sim. E tanto o campo simplesmente computacional, quanto no de robôs, trabalham com o aumento da complexidade e pensam, em um futuro não tão distante, que poderemos ter uma sociedade em que os “seres artificiais” serão coisas naturais. Tão naturais que seríamos capazes de nos casar com eles. O que vocês acham?
Uma resposta
Espero não estar mais aqui quando isso acontecer 🙂
Beijão!