SEXO, OBESIDADE E ADOLESCÊNCIA

Olhe ao seu redor e veja os jovens que estão, por exemplo, em um shopping. Se no grupo estiver alguma menina que seja “gordinha” – eufemismo para obesidade – saiba que ela, além de iniciar-se sexualmente mais cedo, tem mais parceiros sexuais do que uma outra, que seja magra ou que não esteja acima do peso. Este tipo de menina começa também mais cedo a puberdade, o que significa, dentre outras coisas, que os seios crescem antes e tornam-se férteis, capazes, portanto, de engravidar.

Surpresos? Não é de admirar, pois os próprios autores do estudo que levou a esta conclusão, também ficaram. Envolvendo mais de 21 mil garotas nos Estados Unidos, o estudo apontou, primeiro, a precocidade na puberdade das meninas que estão acima do peso e podem ser consideradas obesas. O passo seguinte é o início da experiência sexual, que começa aos 13 anos, e que leva ao relacionamento sexual com mais parceiros do que as garotas “normais” e acima do peso, mas não obesas.

É verdade que o estudo está focado no comportamento das adolescentes dos Estados Unidos e nada garante que, aqui, entre nós, seja a mesma coisa. Mas é bom lembrar que, devido à globalização e a quase instantânea comunicação entre todas as partes do mundo, os comportamentos, principalmente entre adolescentes é mimetizado, com jovens brasileiros tendo comportamento idêntico ou parecido a daqueles que estão, por exemplo, nos Estados Unido e Europa. Veja-se, apenas como um exemplo, o caso da música.

Mas voltemos à pesquisa. Ela indica, ainda, que no caso das “gordinhas”, elas tem trás vezes mais parceiros sexuais do que as outras garotas e muitas delas começam sua experiência sexual antes dos 13 anos. Os números apontam que 30% deste tipo de adolescente tem mais de trás parceiros sexuais durante a adolescências. No caso da experiência sexual, a diferença entre quem é obesa e quem não o é, é imensa. No primeiro caso, 60% começam a fazer sexo aos 13 anos. No segundo, apenas 6% tem esta mesma iniciação.

O que mais assustou os pesquisadores foi o modo com que o sexo é praticado na adolescência pelas garotas “gordinhas”. Normalmente, não usam camisinha na hora do ato sexual, aumentando o risco do sexo casual. De outro lado, as considerações dos pesquisadores é que este comportamento se dá em razão da baixa estima que as meninas obesas tem. Com isso, usam o sexo como meio de prender o menino, fazendo com que permaneça com ela. Um comportamento que as magras não precisam adotar.

Não sei se o mesmo acontece no Brasil, mas o que vejo é que os jovens estão, a cada dia, tendo experiências sexuais mais cedo. E em muitos casos, lá como aqui, a informação que tem é pequena, o que leva à gravidez na adolescência, que modifica e transforma totalmente a vida de quem, pela idade, não deveria se preocupar com a maternidade.

Sobre a antecipação da iniciação sexual, tenho uma opinião. Acho que um dos componentes que levam a isso é a sexualização da vida, dos programas de TVs à propaganda, chegando aos vídeos clipes e à mimetização do que fazem os adultos. A criança e o adolescente é estimulado, de forma subreptícia, a adotarem comportamentos de adultos, inclusive em relação ao sexo.

O que você acha? Estou certo ou não? (Via MSNBC)

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