O século XX, como sabemos e como registra a história, foi marcado por uma revolução nos costumes e pelo avanço da mulher na vida diária, saindo de casa e ocupando, cada vez mais, o seu espaço, seja no mundo do trabalho, sejam nos outros mundos criados, mantidos e frequentados durante muito tempo só pelos homens. As mulheres conquistaram o seu espaço, se impuseram e passaram, em muitas circunstâncias, disputar de igual para igual com os homens.
Esta mudança indispôs alguns homens, ainda dominados pelo espírito machista. Mas gostando ou não, todos temos de conviver com esta mudança, que levou à mudança de hábitos e de comportamentos. Uma delas, a se crer na pesquisa publicada pelo jornal A Tribuna, de Vitória, foi no relacionamento entre dois e destes com terceiros.
A questão posta era do relacionamento, digamos, extraconjugal. A pergunta direta era se, das entrevistadas, tinham sido ou eram amantes, significando, neste caso, um segundo relacionamento, fora do “oficial”. Fiquei surpreso com as 67% das mulheres respondendo que, sim, já foram ou são amantes, um índice, confesso, que achei muito alto. E me perguntei: será que é mesmo assim?
A julgar pelas pessoas com quem convivo, a resposta é não. O jornal, no entanto, não deu detalhe do perfil da pesquisa, apenas reproduzindo o seu número e, sequer, informou onde ela foi feita. Como tem credibilidade, acredito que seja séria e, por acreditar nisso é que fiquei mais surpreso. Das 67% que dizem ter sido ou que são amantes, 50% confessaram que não querem ser a “oficial”, preferindo o relacionamento paralelo.
Cai por terra, ainda a se crer na pesquisa, aquela imagem de a mulher enganada, que não sabia ser a outra, pois 52% confessaram que sabem da existência da oficial e que não se importam com isso. Olhando a situação a partir de um extenso levantamento feito pelo cientista político Alberto Carlos de Almeida, publicado em A cabeça do brasileiro, as brasileiras não são assim, não.
O que o levantamento mostra, tanto do lado masculino, quanto do feminino, é que somos, na maioria, conservadores e isso significa que não tomaríamos, homens e mulheres, comportamentos como estes relatados na pesquisa publicada pelo jornal. O conservadorismo se aprofunda quando se fala em sexo e em relacionamento afetivo. O que predomina é o conceito de fidelidade, tanto do lado masculino, quanto do feminino.
Temos, então, duas posições. De um lado, o levantamento feito pelo cientista político e, de outro, o do jornal. Eles se desmentem e o segundo põe as mulheres muito, mas muito mais liberais do que aponta o primeiro. Acho que relacionamentos começam, terminam e até podem ocorrer – como efetivamente ocorrem – fora do oficial. Mas daí a extrapolar e afirmar que este é o comportamento da maioria, é diferente. Sinceramente, não creio que seja assim.
E você, o que acha? Pensa que a traição e o relacionamento fora do “oficial” é a norma, como aponta a pesquisa? Ou acredita que homens e mulheres são mais fiéis do que o apontado, concordando com o que afirma o cientista Alberto Almeida? Ah, e o que acha que está mudando no relacionamento entre homens e mulheres? Vamos discutir o assunto.
8 Respostas
Lino, com certeza, essa coisa de se falar: “isso é tÃpico de homem”, já era.
Nós, mulheres, podemos tudo. Só acho que somos mais encanadas na questão sexo/amor.
Porque pra maioria dos homens, o sexo fala mais alto e pronto. Já pras mulheres, ficamos na dúvida, se realmente vale a pena!
Mas, se valer, ninguém segura, viu? Somos passionais demais.
Bjo.
Lino, a única coisa que posso dizer é que relacionamentos são complicados. A traição pode acontecer a qualquer momento, não importado o lado.
Oi Lino, acredito sim no que as pessoas responderam…aqui na cidade onde moro traição é frequente de ambos os lados e de todas as formas, conheço casais heteros que tem relações extra-conjugais hetero e/ou homossexuais etc valendo para homens e mulheres…o que acontece é que a mulher moderna dificilmente casa com o primeiro namorado, ela experimenta vários – coisa que só acontecia com os homens – então ela sabe mensurar quem é o melhor prá ela…assim, muitas vezes o cara com quem se casa não é tão bom qto um ex que por sua vez agora já pode estar vivendo um outro relacionamento e ambos partem para o relacionamento- poderia dizer relacionamento “outdoor”…facilidades á locais onde possa rolar isso, culto ao corpo, sensualidade masculina e feminina brasileira muito explicitada, principalmente, para nós que moramos no litoral, não querer um compromisso sério e o uso de camisinha podem ser fatores que contribuam para tal ação…não gosto de traição…acho melhor terminar, ou dar um tempo até mesmo que esse tempo seja apenas para experimentar outras pessoas sem compromisso + ainda assim sinto bem mais tranquilidade de comportamento e respeito.
Abração!!!
O mundo já não é mais o mesmo de antigamente.
Big Beijos
Não duvido da pesquisa, Lino. Novos tempos, nova moral.
Um abraço.
Lino, eu acho que a pesquisa em si, pode ser firulas…Até por que as pessoas nao falam a verdade – sempre – nessas perguntas.
Eu acho os homens mais desencanados com traição.Mulher é mais passional…traiu já sai chutando o balde. E eu pergunto, LINO:PARA QUÊ TUDO ISSO?
KKKKKK
Outro dia, eu perguntei a uma senhora sueca o que faz as suecas traÃrem tanto já que o paÃs é frio, não tem motel, etc…
E a senhora me respondeu, no alto de seus 75 anos:
GRACE, QUEM SEGURA A ATRAÇÃO FÃSICA?SEMPRE FOI ASSIM E A DIFERENÇA É QUE AGORA SE ESCANCARA SEM MEDO DE JULGAMENTO.
Quer ver, Lino, ela esteja certa mesmo.A libertinagem é geral…A mulher trai o marido e amanhã está no blog dando dicas das escapadas.Vida moderna, Lino, é fogo.Paga-se um preço Ãnfimo pela divulgação. Da propaganda enganosa ou não…Vc decide!!
Sinceramente eu não posso crer que isto seja o normal,o habitual,a MAIORIA,LINO.
O mundo não mudou tanto assim.
Ou mudou e eu que não sei de nada??
Abraços!!
Eu tenho uma teoria pessoal para justificar a traição do homem: Vamos a um certo número de pesquisa para comparar: Existe hoje no país segundo instituições de pesquisas que à 8 mulheres para 1 homem, relativamente se o homem fosse fiél a única parceira com certeza as outras 7 não teriam direito de beijar, de transar, de ter alguém do sexo oposto para experimentar uma experiência conjugal, mesmo que na posição de amante. Isso seria justo? você mulher reflita, se você estivesse entre as 7 que sobraram, você queria que todo homem fosse fiél? Agora porque a mulher trai.