Quem matou os jornais?

A pergunta, feita pela revista inglesa The Economist não é retórica. Em uma matéria de sua última edição, a publicação considera que os jornais, como nós os conhecemos hoje, estão com os dias contados.

Em uma tradução livre, a revista afirma:

“Os jornais são uma espécie ameaçada. O negócio de vender palavras para os leitores e leitores para os anunciantes, que sustentou este tipo de negócio, está¡ morrendo. De toda a “velha” mídia, os jornais são os que mais tem a perder com a internet”.

A revista lembra, ainda, que a circulação dos jornais vem caindo consistentemente nos últimos anos, principalmente nos países do primeiro mundo. E cita o livro de Philip Meyer, The Vanishing Newspaper, que previu o fim dos jornais dentro de mais 40 anos.
Qual o principal problema? Os jornais, segundo o artigo, já não oferecem o mesmo atrativo para os leitores que, na Internet, alam de notícias tem uma série de outras coisas, inclusive interatividade.

Com isso, os jornais de mais prestígio, de acordo com a revista, irão sobreviver por mais tempo. Mas terão de cobrar mais de seus leitores, uma forma de compensar a perda com publicidade.

Fazendo futurologia, The Economist vê o fim dos jornais impressos, mas não o das notícias. Estas estão ganhando espaço, principalmente através da Internet e dos blogs, muitos dos quais feitos por jornalistas.

Uma nova tendência identificada é a do jornalismo colaborativo. Sites como o Digg, por exemplo, onde é só se cadastrar para postar uma informação. O que se terá serão locais com maior diversidade de informação, mais rico e sem os filtros impostos por um jornal estabelecido.

Se o exercício feito pela Economist, que é uma das mais serias e acreditadas publicações de economia do mundo, está certo ou não, somente o tempo dirá.

Uma coisa é certa: Mesmo sem jornais, haverá espaço para as notícias. E como há espaço para elas, também o há para o jornalismo.

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