Falar ou discutir religião é algo complicado. Cada um tem a sua crença e a defende. Então, o que temos, quando o assunto trata de convicção religiosa, é um monólogo, com cada qual defendendo seu ponto de vista.
De outro lado, no entanto, pode-se falar de números envolvendo a religião. E eles são muito expressivos. O cristianismo – católicos e todas as confissões cristãs – por exemplo chegam aos 2,1 bilhões de fiéis, um terço de toda a população desse já cheio planeta. Em maior ou menor número, os cristãos estão em todos os lugares, em todos os continentes, em todos os países.
Se o cristianismo levou 2 mil anos para chegar à hegemonia, o islamismo levou menos tempo – cerca de 1,4 mil anos – para conquistar o segundo lugar. Hoje, as estatísticas falam de 1,5 bilhão de crentes no islã em todo o mundo, com a maior concentração nos países do Oriente Médio, onde se fala o árabe. Mas lembrem-se que a maior nação islâmica do mundo é a Indonésia, que não fala árabe.
A surpresa fica por conta do terceiro lugar. Nele, estão os que não têm religião, não têm crença ou não creem em um ser superior. São 1,1 bilhão de pessoas em todo o mundo, o que daria a população da Índia, se pegássemos um país. Aliás, o hinduísmo, professado na Índia, é a quarta religião do mundo, com 900 milhões de fiéis. O quinto lugar fica com as crenças tradicionais chinesas, com 390 milhões.
O curioso destes números é que o budismo que, à primeira vista, teria muito mais adeptos fica em sexto lugar, com cerca de 380 milhões de fiéis, a grande maioria concentrada nos países da Ásia. A partir do budismo, só as religiões tradicionais da África chegam aos 300 milhões de praticantes. Todas as outras têm números inferiores a este.
O que fica evidente, mesmo com o surpreendente número de não crentes, é que a religião é a norma, não a exceção, no mundo. Se levarmos em conta que apenas 16% da população mundial se declara não crente, temos que 84% dela acredita na existência de um ou mais seres superiores. A prevalência da crença, neste caso, é avassaladora. (Via Adherents)
ESCRITORES DA LIBERDADE
O nome é pomposo e ser indicado para o prêmio deixa qualquer um orgulhoso. Pois é o que está acontecendo com o blog, que o recebeu, primeiro, da Meire e depois, da Luma. Fico orgulhoso, mas não sei se sou, realmente, um escritor da liberdade. A proposta é ter mente aberta, discutir todos os assuntos e, neles, focar-se no respeito à s divergências. E se isso é liberdade, talvez o blog se enquadre. Muito obrigado à s duas.
Se há prêmio, há obrigação. E ela é indicar outros blogs que, no meu entender, se enquadrem nos critérios do prêmio. Então, aqui vão eles: Grace, Mário, Ricardo, Yvonne, Luci, Marta Bellini e Laura. Bem, agora é com vocês.
11 Respostas
Lino, verdade que a religião dá uma força moral para enfrentar as coisas da vida. Pena que seja também um pretexto para guerras, aliás tudo é pretexto para guerras neste mundo. Parabéns pelo prêmio “Escritores da Liberdade”, acho que você tem mais uma indicação para ele num “Jardin”.
Abração e bom feriado.
Apesar da religião ser um tema polêmico, acho-a necessária, acredito que ajuda a inibir muitos impulsos predatórios dos que seguem uma determinada fé.
Não acho nada necessário a discussão em torno de religião, porque se confunde muito, nos dizeres, no afâ, nas quantificações, e valores, da polÃtica. E polÃtica, apesar de ser a última de que falei, é ela que tem destruiÃdo muitos sonhos, desde os primórdios, quando se fez presente.
Religião se discute porque se quer, mas de antemão todos sabem qual a verdadeira, uma só. Quem é mais abrangente e consistente é aquela que nasceu com Cristo, a Católica. O que lamentamos profundamente foram as atitudes dos católicos céticos que não deram olhos ao que propunha Lutero. Nada de perfuração, de retaliação, de ferida, ou morte, ele desejou, nem previu acontecer. Se a Igreja Católica tivesse abraçado suas idéias na época não tÃnhamos tantos desandados dentro dela. O casamento não impede que uma pessoa possa ser padre, tanto que hoje já existem no corpo da Igreja Catolica, pessoas de vida ilibada, que são credenciadas, por suas posições de cristãos, a pegar o corpo de Deus e introduzÃ-lo na boca de um igual. Isto, antes era terrivelmente absurdo. E paradoxalmente, um atentado ao que falou o PAI, este é o meu corpo, sorvam-no, alimentem-se de mim.
O que faz interessante que quando debatemos determinados temas, evitamos falar em religião.
É como se tivéssemos alguma forma de religiosidade inconsciente subjacente à nossa própria existência humana.
Como se no fundo, lá no inconsciente, soubéssemos que há algo que nos transcende e não temêssemos assumi-lo.
Mas o debate interessante seria pensar porque tanta gente parece vocacionar-se para o budismo, porque o cristianismo se divide mais e mais em conjuntos de “sectum” ou porque o Islão perde tantos adeptos entre os seus naturais, ou, mais: porque é que o ateÃsmo aumentou de forma tão substancial durante o último século ao mesmo tempo que movimentos religiosos especÃficos com menos de dois séculos de existência possuem das maiores taxas de crescimento e de expansão mundial.
Deixo aqui o meu desafio de reflexão, Lino.
Um abraço.
Olá, Lino!
O ´´crentes ´´ se consideram cristãos, mas não como os católicos. Eu me encaixo naqueles que não seguem realigião, mas acrdita em Deus.
Sobre a indicação, ela foi certeira.
Um abraço e um bom fim de semana
Lino:
Acho que a existência da religião, qualquer religião, é importante para ajudar a regular a vida em sociedade. Afinal, se Deus não existe, vale tudo – neste caso, a vida seria insuportável.
Consola acreditar que a aventura humana não se esgota aqui.
Um abraço.
Oi..menino!
Concordo que falar sobre religião é polêmico demais, porém se falamos é pq existem muitas pessoas preocupadas e onde estiverem esperam o melhor da vida.
Parabéns pela homenagem!!
Beijos
Faço parte, então, do terceiro lugar, justamente aqueles que não possuem crença alguma, religião ou acreditem em qualquer ser superior.
Quanto ao comentário acima, gostaria de dizer que trata-se de algo extremamente arrogante e prepotente. Dizer que a única religião é uma só, a católica, que veio de Cristo é totalmente errôneo. Se parar para analisar dos 6,5 bilhões de seres humanos que existem na terra, dois terços não possuem Cristo como seu lÃder ou Messias. Todos estes estariam condenados a danação?
Ninguém tem certeza de nada, ninguém tem prova de nada. O grande problema das religiões não reside no fato de possuÃrem crenças distintas, mas de constantemente afirmar que uma tem supremacia a outra. O cristianismo não tem prova de nada, assim como o islamismo e o judaÃsmo também não.
Lembrem-se que esse Deus pregado pela maioria das religiões foi criado pelo homem e não o contrário.
Que pelo menos tenhamos o direito de seguir cada um sua crença, tendo a certeza que não possuÃmos uma crença melhor ou a correta, até porque correta ninguém sabe qual é e se realmente existe.
Forte abraço.
Acho um pouco questionáveis esses números, já que a pessoa pode dizer que pertence a tal religião e não ser praticante, mas como me enquadro naqueles que não possui nenhuma crença vez por outra me assombro com o numerário envolvido em nome da crença.
Lino querido, obrigada pelo mimo. Gostei muito. A blogosfera tem essas coisas que são bonitas.É gostoso receber carinho.
Querido, quanto às religiões eu só fico triste ao constatar que o mundo tá uma droga por causa disso. Quando vejo brigas em nome de Deus, sinto vontade de chorar. É lastimável o que está acontecendo no nosso planeta.
Beijocas
Isso por que nós, da Hector Hereeye Foundation, não liberamos as estatÃsticas a respeito do número de nossos seguidores, para não levantar suspeitas dos fiscais de renda, esses filhos do demônio dialético, espalhados por toda a terra mundial. Temos filiais espalhados por todos os rincões da humanidade.