Quem já trocou de região no Brasil sabe que a fala, dependendo do lugar, muda. E foi esta mudança que o HSBC explorou, muito bem, em uma campanha para dizer que entendia os regionalismos.
Aqui, no Espírito Santo, temos algumas expressões que, acredito, sejam únicas.
Vejamos algumas:
- Capixaba não estoura a bola; poca
- Não vê lagartixa, mas taruíra
- Não desembarca do ônibus, salta
- Não se espanta, mas fala iá
- Não liga o pisca do carro, dá seta
- Não para no semáforo, mas no sinal
- Não come pão francês e, sim, pão de sal
- Não usa esponja, mas bucha
- Não acha sem graça, mas palha
- Não sente agonia, mas, sim, gastura
- Não acha legal e, sim, massa
- Não fica zangado, mas injuriado
Capixaba, originalmente, era quem nascia na ilha de Vitória, que é a capital do Espírito Santo. Depois, a denominação foi estendida a todos os nascidos no Estado.
O linguajar incorpora coisas do Rio de Janeiro, de quem o Estado sempre sofreu influência, e de Minas Gerais, devido às praias e à frequência dos mineiros a elas.
- Mais sobre falas regionais:
- Paulista versus Mineiros
- Mundo das gírias
- Glossário policial (O site não mais está no ar)
- Dicionário de mineirês (O site não mais está no ar)
E então, o que rola na sua região? Existe alguma diferença da fala geral? Dê um exemplo e enriqueça este post.
(Via Renatagra)
11 Respostas
Lino, eu acho bacana essas diferenciações no falar do brasileiro.Mesmo sendo gaúcha, morei por 14 anos no Rio de janeiro, minhas filhas nasceram lá. O que eu mas pegava no pé dos cariocas, além do chiado, era a palavra “mermo”(mesmo). Aqui não falamos garoto(a) ou menino(a) e sim guri/guria. Só legal não basta, tem que ser trilegal. Nada de sinal ou semáforo é sinaleira e naõ se fala mais nisso(rsss).
Bjos.
Eu adoro estas diferenças regionais por todo o paÃs,LINO.
Até lembrei-me de um mico que tive ,muitos anos atras,em Salvador,heheeh
Abração e um otimo feriado.
Lino, como o Do, também acho lindo as diferenças no jeito de falar nosso, Brasil afora! Aqui no PiauÃ, por exemplo, brogue é um murro pequeno; botar sentido quer dizer guardar ou proteger; bom de taca é uma pessoa que fez algo errado; bater a caçuleta é morrer; baixa da égua é um lugar muito longe. Certa vez, eu estava no centro do Recife e vi uma barraca de frutas. Vi uma ata linda, enorme. “Moço, quanto custa a ata?”. O rapaz perguntou o que era a ata entre as frutas. Morri de rir com o jeito dele. Lá, ata é fruta-do-conde. Prá mim, o sotaque mais bonito é o do baiano. Nossa, acho lindo aquele povo falando!! Abraços!
Não lembrei de nenhuma agora…
Já é…
Abraços e bom feriadão.
pai, ‘massa’ e ‘palha’ são datados, ninguém usa mais! mas ‘sinal’ eu falo direto aqui em SP e tenho que me explicar toda vez…. e ‘pocar’ é um verbo mooointo capixaba mesmo!
Realmente cada lugar tem suas girias, seu maneirismo no falar, bem, em sta catarina e acho que paranã também, dinheiro lá é pila, tipo 5 pilas, 10 pilas.
bjs
Tenho uma amiga virtual em Vitória. No começo era compicadÃssmo para ela me explicar até o que era uma jujuba ou goma!
Chamado de delicados aÃ…
beiijnhos
Lino
Sou carioca, mas já morei fora do Rio por duas vezes: São Paulo (capital) e Florianópolis.
Até algum tempo atrás, todos os anos passava um mês viajando pelos estados do sul, que eu adoro.
Tenho uma única irmã, que morou 7 anos em Belém, e mora aà em Vitória desde 1991.
Assim, conheço razoavelmente expressões usadas nesses lugares, e acho linda essa diversidade.
Beijinho
Aqui no Amapá, lagartixa é osga
enrugado é engilhado
algo com defeito está esbandalhado
regular é tintiar
mosquito é carapanã
legal é pai d’égua
os pais dos colegas são tios
sÃtio (ou chácara) é terreno
goma de mascar é bazuca
sacolé é chop
bala (doce) é bombom
guri é curumim
abóbora é jerimum
aipim é macaxeira
Essas são as que eu lembro agora.
Muito pertinente a origem do linguajar, pois eu ao longo do texto identifiquei muita coisa falada aqui no Rio.
como se chama menino ai no espirito santos , no paraná é piá e ai?