Quando pensamos em nós mesmos e no nosso corpo, uma das coisas que nunca consideramos é o fato de sermos hospedeiros de centenas, milhares de bactérias que estão espalhadas pela nossa pele, no couro cabeludo, nas partes Ãntimas e na boca. Vivemos, assim, em condomÃnio e podemos ser o astro dele, mas temos inúmeros participantes que conosco cohabitam e que, a olho nu, são invisÃveis. Todos esses habitantes são partÃcipes do que fazemos e de como vivemos.
Tomemos, por exemplo, o caso da boca. Nela, já se constatou, vivem uma ativa comunidade de bactérias. E uma das razões é que é através da boca que nosso corpo recebe os alimentos e os principais ingredientes que contribuem para a sua manutenção e para que permaneça saudável. E pode ser, ainda, o meio de nos transformar em pacientes, fruto de infecções e outros tipos de contaminação bacteriana.
Assim, se as bactérias em algum momento podem ser do bem, dependendo de sua espécie, podem ser do mal. Mas não é este o foco desta discussão. Ela se prende a uma das últimas constatações da ciência que concluiu que, com pequenas diferenças, nós humanos temos uma comunidade bacteriana bucal bastante assemelhada, vivamos no Brasil, na Europa ou na Ãfrica. Existem variações, mas os cientistas as consideraram pequenas.
Somos diversos, mas essa diversidade não impede que sejamos quase que idênticos. E o DNA já havia provado isso, mostrando que entre um negro e um albino praticamente não existe variação do DNA. Agora, a pesquisa sobre a flora e fauna bucal reforça este conceito revelando que sim, não existem dois humanos iguais, mas que estão muito próximos, inclusive com a comunidade bacteriana que carregam.
O que me chamou a atenção foi o fato de não estarmos, em nenhum momento, sozinhos. Em todos os momentos da vida, do nascimento à morte, carregamos toda uma comunidade viva. E nesta convivência existe um benefÃcio mútuo. Se oferecemos hospedagem, alimentação e um microbioma adequado para a existência das invisÃveis bactérias, elas contribuem para que funcionemos de forma eficiente. Pelo menos na maioria do tempo.
Pensando bem é algo assustador, não? E isso tanto se olharmos o lado positivo, quando o negativo. No mais das vezes as bactérias que carregamos do nascimento à morte podem nos ajudar – e o fazem – mas podem, também, causar problemas – e outra vez, o fazem. O certo é que, se elas não vivem sem nós, também não vivemos sem elas. (Via EurekaAlert, em inglês)
6 Respostas
InteressantÃssimo,LINO. Não tinha pensado pelo lado positivo.
Abração!!
Pensando nisso, já que precisamos delas, vamos trata-las bem, dando-lhes alimentos limpos e saudáveis.
Na verdade, se pararmos prá pensar nas bactérias que carregamos, assusta um pouco.
Um beijo
Muito interessante e assustador, com certeza!! Ainda bem q não ficamos pensando nisso o tempo todo, caso contrário, ficarÃamos paranoicos. rsrs
Um grande abraço.
Lino, ontem và um livro que fala sobre isto…nunca havia pensado…me assustei mas não quanto de susto eu estive ou estou!
Muito bom!
abs e bom fim de semana
São coadjuvantes que podem roubar a cena, dai a importancia de ter imunidade OK
Bom fim de semana
A bem da verdade meu caro amigo Lino toda criança nasce sem bactérias em suas cavidades. Seu primeiro contato com elas é na vagina, normalmente a flora normal ; a sÃfilis já foi um contaminante importante ali naquela cavidade. Ao mamar a criança adquire as primeiras bactérias no complexo aréolo-mamilar que ingeridas são aniquiladas pelas defesas congênitas trazida da mãe. Depois o bicho pega, porque acaba e começam as infecções intestinais, aquelas que denunciam que uma flora intestinal está em formação e que dentre vários benefÃcios vão fabricar vitamina K e vitaminas com complexo. Não há vida possÃvel na terra, para ficar nos animais, sem o conglomerado bacteriano que nos brinda com seus serviços desde o couro cabeludo. É um espanto o humano da atualidade ter- se esquecido disto! Conhecimento que vem de colégio. Querido amigo, por isso a importância didática do artigo em tela. Desculpa o exagero do comentário, mas não tive outro jeito. Abraço e obrigado por lembrar do meu blog.