Quando você é criança e sua personalidade e caráter estão em formação, os pais “pelo menos com os meus foi assim“ costumam nos dizer, repetidamente, que a honestidade é a melhor postura que podemos adotar. Não devemos mentir, assumir o que fazemos e ter responsabilidade por nossas ações.
Este, no mais das vezes, é um comportamento padrão. Mas, pensando bem, será que nossos pais sempre nos disseram a verdade, adotando o mesmo comportamento que pregavam para nós? A resposta para a pergunta vem de um estudo feito por estudiosos dos Estados Unidos e Canadá.
Gail Heyman, da Universidade de San Diego, na Califórnia, e Kang Lee, da Universidade de Toronto, no Canadá, ajudado por um estudante Diem Luu, publicaram uma das poucas pesquisas existentes sobre este tema e, surpreendentemente, constataram que os pais mentem regularmente aos filhos buscando influenciar o seu comportamento e emoções.
A pesquisa ouvir pais e a eles foram perguntados o que dizem ou disseram aos filhos, vindo a confissão de que mentiram em várias ocasiões e circunstâncias, buscando um determinado comportamento da criança ou induzindo-a em um caminho, ao invés de outro. É o caso, por exemplo, de ir cedo para a cama ou quando recusam uma determinada comida.
Os pesquisadores ouviram, também, estudantes universitários, perguntando o que recordavam das recomendações paternas, constatando, mais uma vez, que os pais mentem aos filhos, mesmo recomendando que não façam isso. A surpresa não está só no fato de os pais mentirem, mas de o fazerem mais frequentemente do que se imagina.
Mas por que isso? Os próprios pesquisadores relevam a mentira ao dar um exemplo: que pai dirá ao seu filho de trás ou quarto anos que o desenho que ele fez é péssimo? Em outros casos, o estudo aponta que os pais agem no que, pensam, é o melhor interesse do filho, inclusive para livrá-lo de problemas.
De qualquer forma, os pesquisadores afirmam que os pais, antes de mentir, devem considerar outras alternativas e meios de ajudar na formação do filho, do seu caráter e de protegê-lo de problemas. E fazendo isso sem que seja preciso mentir. A pesquisa, restrita a estudantes dos Estados Unidos e Canadá, será ampliada com o objetivo de constatar se outros pais, em outros países, também mentem aos seus filhos.
E você, como pai, já mentiu para o seu filho? E como filho, lembra-se de alguma mentira dita por seus pais? Vamos conversar sobre isso. (Via Eureka Alert)
2 Respostas
Oi, Lino!
Sempre porcurei ser o mais honesta poss]ivel com as meninas, respeitando a idade e as fases de vida delas. Mas umas mentirinhas sempre acabam ocorrendo, como dizer que papai e mamãe vão descansar um pouco, rsrsrsrsrs…
Dos meus pais, só lembro da engambelação quantoà quantidade de colheradas: “ah, comam só mais dez!” E, como não sabíamos contar, lá se iam 20 ou 30 até quase se esvaziar o prato. Lembro que o papai tentou isso uma vez com a Vanessa, mas como criança moderna aprende a contar cedo, ela não caiu no papo-furado do vô, só restando a ele encher mais as colheres, rsrsrsrs…
Beijão!!!
Por certo já menti, Lino. Talvez até mais do que seria necessário. Como viver sem mentir? Claro, há mentiras inofensivas (PapaiNoel , Coelhinho da Páscoa e o Velho do Saco existem) e mentiras deletérias (por exemplo, o crime não compensa. No Brasil, em se tratando de colarinho branco, compensa. E muito). As primeiras, mentiras sinceras, me interessam.
Um abraço.