Nesta semana foi realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, a feira da NAB – National Association of Broadcasters, que é considerada a maior feira de tecnologia na área de multimídia do mundo. No evento são mostradas as tecnologias que amanhã – e, às vezes, em um tempo mais longo – estarão à nossa disposição ou entrarão em nossas casas. Neste ano uma das estrelas do show foi a nova tecnologia de geração e transmissão de imagens para a televisão. Chamada de 4K, ela é oito vezes melhor e mais nítida do que a imagem em Full HD, que estamos começando a receber em nossos televisores, pelo menos no Brasil.
Segundo especialistas, a qualidade é tamanha que não dá para perceber os pixels na tela da TV, mesmo que cheguemos muito perto dela. A tecnologia está pronta, mas a previsão é que leve ainda algum tempo para chegar ao mercado. Quando isso acontecer, nossos atuais televisores – incluindo os em Full HD – estarão na Idade da Pedra da TV. O novo sistema incorpora, também, o 3D, tornando-o ainda mais realista. Será, segundo alguns, o surperentretenimento, com a televisão transformada, de fato, em convergência de mídias, o que ainda não ocorre hoje.
Esta convergência, por sinal, depende de uma tendência que já se desenha, que é a disponibilização de banda larga de altíssima velocidade e capacidade em todos os lugares. Os especialistas estão chamando isso de banda larga ubíqua, com todas as implicações que o termo significa. Com ela, estaremos conectados, não importa onde estejamos e esta conexão poderá ser feita por um televisor, telefone celular, tablet ou outro dispositivo. O conteúdo que buscamos estará sempre à mão, já que usará o princípio de computação em nuvem. Se hoje já estamos conectados, com a nova banda larga, não mais conseguiremos ficar desconectado, não mais dependendo de dispositivos fixos para trabalhar, ver informações ou, mesmo, nos divertir.
Oh, oh, mais isso será muito caro? No caso da nova tecnologia da TV, inicialmente sim. Depois, como vem acontecendo com o Full HD, os preços irão cair, permitindo que todos nós a tenhamos. No caso da banda larga ubíqua, não. Pelo menos é o que preveem os especialistas. Como mais e mais empresas entrarão no mercado oferecendo conexão e cada vez mais rápida, a tendência é de que o preço caia e nossa ligação – computador, tablet, smartphone, etc. – fique mais barata. Como o sinal estará em todos os lugares, teremos apenas uma conta e, através dela, é que nos conectaremos. Não mais precisaremos de contas para o telefone, tablet, computador em casa e computador no trabalho.
Mas tudo isso vai acontecer? Talvez não exatamente desse jeito, mas vai. Especialistas não tem dúvidas sobre isso. O que nos resta, no final, é perguntar: Será que isso é bom ou mau? Sinceramente, não sei a resposta.