A indústria militar, todos sabem, é bilionária e movimenta um mundo de gente em todo o mundo. Se, de um lado, oferece empregos, de outro proporciona meios mais seguros de que as pessoas se matem. E aqui, não se está falando de mortes individuais – que ocorrem – mas da possibilidade de se matar centenas, milhares de uma só vez.
Desta indústria, como mostrou o filme Lord of War, estrelado por Nicholas Cage, existe sempre dois lados: o oficial e o que não é, composto exatamente por senhores da guerra espalhados pelos mais miseráveis países do mundo que compram armas sem perguntar de onde vem e quem as está vendendo. O lado oficial, como o não oficial, movimenta somas fantásticas de dinheiro e inclusive o Brasil é hoje um vendedor de armas, ainda pequeno comparado aos grandes, mas vendedor.
Quem mais se destaca é os Estados Unidos, que produz para o consumo próprio – e para matar iraquianos – e para vender. Segundo dados compilados pelo Senado norte-americano e divulgados pelo New York Times, o Governo Bush, sozinho, é responsável por 36% de todo o armamento vendido no mundo. A Rússia vem em segundo lugar, com 28% e o terceiro posto é da Grã Bretanha, com 11%. O Brasil aparece listado em Outros.
Se existe quem vende, também tem quem compra. E o maior comprador é o Paquistão, com um volume de 5,1 bilhões de dólares. E olha que o país é visto como um antro de terrorismo, inclusive pelo próprio Estados Unidos. O segundo maior “consumidor” é a Índia, com 3,5 bilhões de dólares em compra de armamentos. A Venezuela e o “hermano” Chavez, que quer ser presidente perpétuo, gasta 3,2 bilhões de dólares em armas.
No total, o volume de vendas chega aos 31,8 bilhões de dólares, uma quantia impressionante. Agora, imaginem se todo este dinheiro fosse empregado para acabar com a miséria, a pobreza? Mas, não, parece que o conceito, aqui é de matar o pobre. E com ele morto, acabar com a pobreza.
16 Respostas
Lino, enquanto lia pensava justamente se esse dinheiro fosse usado para matar a fome no mundo. Infelizmente a industria bélica e de tabaco, impulsionam a economia do mundo, deixando acobertada o submundo das drogas. Boa semana! Beijus
Olá Lino,
Ah! se eles pensassem um pouquinho, quantas pessoas carenciadas se beneficiariam desse dinheiro!!!
Estás indicado como Blog Solidário!!!
abs,
Exatamente. Li faz algum tempo que uma das maiores queixas dos norte-americanos em relação aos gastos com a guerra do Iraque é que a região que foi devastada pelo furacão Katrina encontr-se sem qualquer apoio financeiro para a sua reconstrução enquanto bilhões são gastos para matar iraquianos. Abraços Lino!
lino, não é novidade que os americanos vendem armas para os proprios inimigos,mantendo eterna a guerra, e todo horror que vem com a mesma.
Acredito que é impossivel acabar com a venda de armas, consumo de rogas, e venda de cigarros.
minha filha, agora em viagem por amsterdan, ficou impressionada como a maconha é consumida livremente, e me perguntou:
– mãe é crime ou não é? quem compra e tras só para a Holanda? quem fornece? quer dizer, a contradição é evidente, e clara. so não vê quem não quer.
Bjos
Lino. Quando assisti ao filme com Nicolas Cage, fiquei impressionada, porque as reflexões que o filme provoca, me levaram a procurar saber mais da vastidão do universo da compra-e-venda das armas…E a pensar que a matança do homem pelo próprio homem é tão insensata que não cabe na lógica do meu pensamento sobre a vida! O desenvolvimento da tecnologia poderia tomar rumos tão mais grandiosos, ao invés de sofisticar “armas”!
Eu julgo que não há mais palavras para serem pronunciadas sobre essa tragédia da humanidade… Pelo menos, eu nem falo mais…só lamento e tento acreditar que haverá um final para essa crise de “mortes em cadeia…” Não sei quando…
Beijos, Lino.
Dora
Isso é efeito do egoismo humano. Cada um se interessa apenas consigo mesmo e o pobre… que morra de fome! E se duvidar o proprio governo pensa assim tambem afinal o pobre da muito prejuizo para o tesouro do qual eles pretendem se apropriar.
Existia uma certa hipocrisia nestes paÃses que vendem armas, de um lado eles criticam os paises que as usam, do outro vendem armas para eles. No final, o que conta mesmo são os interesses econômicos!
Um abraço e uma boa semana.
Lino,
Que post importante esse! Todos devemos pensar sobre essa triste realidade, e imagine quanto poderÃamos fazer investindo tanto dinheiro em saúde e educação, por exemplo. Estou contigo!
Eu fiz uma menção a você no meu post “Corrente da Amizade”, dá uma passadinha lá!
Beijos,
Rosana
Lembra que os EUA armaram os talibãs do Afganistão, hoje terriveis inimigos ?
Essa postura é de uma hipocrisia a toda prova…
Isso q me revolta Lino, os EUA é a maior potência do mundo, podia usar todo esse dinheiro para ajudar os paÃses mais pobres, saciar fome dos necessitados e no entanto prefere investir em armas, em guerras espalhando morte pra todo lado.
/Big Beijos
Mas dá emprego para uma infinidade de gente.Lá nos States foi preciso criar outra guerra pq estavam fechando fábricas e cidades desaparecendo do mapa. A arma por si só já é um absurdo.
Cara, gostei do seu blogue: por ser crÃtico, bem escrito, e por abordar assuntos atuais e/ou interessantes. Voltarei, claro. E grato pela visita ao Balaio. Um abraço.
Lino, os problemas do mundo são todos devidos à natureza humana. Ainda que fechem fábricas de armas, o ser humano vai arrumar um jeito de matar o próximo e destruir o planeta. Confesso a você que fico muito triste com isso tudo. Beijocas
Sabe Lino, por muitas vezes tentei achar a resposta para muitas perguntas que nunca se calarão. Se temos conquistar a paz mundial, é tolice continuar com toda essa matança.
Será que existe uma fórmula mágica da paz ou o caos é uma caminho sem volta pela qual estamos indo? Mais uma pergunta que nunca se calará…
Abraço,
Se essa fortuna que você citou fosse direcionada para o bem, no sentido de acabar com a fome e a pobreza no mundo, já pensou?
Pena que a realidade é bemmmm diferente…
Bjo.
Oi Lino!
Esse dinheiro todo seria tao bem mais usado se fosse destinado a ajudar causas sociais, nao?
beijos querido, estou voltando.