O machismo, ao longo dos últimos anos, acabou se tornando algo politicamente incorreto. Os homens tentam – pelo menos muitos que conheço – afastar a pecha de machista. Posam, na maioria das vezes, como liberais, capazes de entender as mulheres e até encarar os serviços domésticos. Mas no fundo, bem lá no fundo, ainda resta muito do machismo, até por ser característica cultural latina.
O objetivo aqui não é fazer a apologia do machismo ou do feminismo, mas apontar uma constatação feita nos Estados Unidos – e que, acredito, deva acontecer também no Brasil – de que os machistas têm melhores salários que os defensores da igualdade com as mulheres. Uma pesquisa envolvendo 12 mil pessoas e que entrevistou homens e mulheres em vários oportunidades concluiu que, sim, os machistas ganham mais.
E constatou, até de certa forma surpreendente, que as mulheres submissas têm ganhos menores que as independentes. Se no homem o machismo ajuda a ganhar mais, nas mulheres, atrapalha. Mas os ganhos voltam a crescer e a ganhar dos igualitários quando o homem é machista e a mulher, submissa. O estudo foi publicado na edição de setembro de um conceituado jornal de psicologia nos Estados Unidos.
Não li o estudo, mas um resumo dele. E ele mostra que as mulheres mais progressistas e independente ganham melhor que as conformadas. A explicação talvez esteja na própria independência, que faz com que este tipo de mulher aja mais, reivindique, brigue por melhores lugares, o que não aconteceria com quem se conforma e se submete aos desejos e comandos do homem.
O que não está claro é o porquê de os machistas ganharem mais do que os igualitários. E é, para o caso dos Estados Unidos, um ganho significativo, que ultrapassa os 8,5 mil dólares anuais. E é mais significativo quando comparado com a diferença do ganho das mulheres, que ficou pouco acima dos mil dólares em favor das independentes.
Nos Estados Unidos as condições de ganho entre homens e mulheres é bem menos díspar que no Brasil. Aqui, as mulheres ganham bem menos do que os homens, sejam independentes ou conformadas e a estatística dos salários confirma isso. No que se refere aos homens, não há um dado específico sobre machistas ou não, mas acredito que não seja muito diferente dos estadunidenses, não.
Temos, se comparado com eles, uma sociedade bem mais machista. Então, do ponto de vista de cultura, é mais natural que um homem ascenda mais fácil sendo machista, já que encontra correspondência nos outros, que são seus chefes. E isso, certamente, torna mais difícil a vida das mulheres.
E você, o que pensa do assunto? Acha que a sociedade brasileira é machista? E como é que encara a questão da diferença entre a remuneração dos homens e das mulheres? Acho que todos nós conhecemos mulheres muito competentes que, ocupando posições similares às dos homens ganham menos do que eles. Quer prova maior de machismo?
9 Respostas
Oi Lino, tudo bem?
Pôxa, achei seu blog. rsss
Tá cda vez mais bacana heim, parabés.
To retribuindo, ok?
Abração
Ma verdade tava linkado, mas em outro endereço; Já arrumei tudinho. hehe
Claro que a sociedade é machista, inclusive algumas mulheres.
Se bem que ir para o o outro extremo também não resolve, como algumas mulheres que tornaram-se excessivamente agressivas, muitas vezes assumindo comportamentos que criticavam nos homens.
É o velho ditado, nem tanto ao mar nem tanto à praia, no meio termo reside a sabedoria.
e tanto faz, homens ou mulheres, o melhor é andar lado a lado…
beijos
Lino no meu departamento sou a única mulher e são nove homens, de um lado é bom porque os homens não tem aquelas picuÃnhas e fofoquinhas e tem muito mais humor também (acredite: trabalhei numa farmácia de manipulação onde só tinha mulheres (20) somente no meu setor e detestava fiquei nem dois anos quanto que aqui dia 05 completo 10 anos), mas por outro lado fico sempre pra escanteio na hora das promoções porque dão prioridade aos pais de famÃlia :/ … Tenho a maior escolaridade e modestia à parte competente, responsável etc, mas um rapaz que tem a quanta série incompleta do fundamental ganha tres vezes mais que eu… Uns quinze dias atrás pediu para meu chefe que me demitisse porque queria ter mais tempo para me preparar para concursos públicos ele me disse que não tem a menor possibilidade porque não teria contratar outra pessoa (depende de aprovação do superior para isso) e principalmente não teria ninguém no setor capaz de desenvolver meu trabalho… : /
Forte abraço sempre.
É algo que eu não consigo entender,LINO. Pleno século XXI e ainda convivemos com coisas deste tipo. Mas há de chegar o dia em que o que vai importar é a capacidade e não o sexo.
Grande abraço!
Lino, mesmo assim da’ pra comemorar, pq jah foi muito pior.
Bjs
Lino, não entendo essa discriminação, de fato, machista. Acho que devia ser o contrário: os machistas deveriam ganhar menos! Agora, as mulheres independentes ganharem mais do que as submissas, tem sentido: sendo independentes, seriam mais competentes, mais audaciosas nos negócios!
Ou será que não?
Bjo e otimo findi.
Fala sério! Fugindo um pouquinho da questão salarial… Não sei quem foi a tonta que inventou de reinvindicar os “direitos” femininos… Esta coitada não sabia que só estava assumindo mais uma OBRIGAÇÃO! As coisas não mudaram muito e o machismo ainda impera… só que agora, além das lidas domésticas e dos filhos ainda temos que trabalhar e pagar metade das contas da casa (mesmo ganhando menos!) nenhuma mulher merece… vai dizer que não era muito melhor só cuidar das crianças?? Brincadeira! Mas à s vezes dá vontade!!
Até
nao sabe de nada