Referindo-se ao mundo, um autor inglês que não sei o nome cunhou uma expressão: É uma selva lá fora. Referia-se ao mundo e à competição entre as pessoas, empresas e entidades, todas lutando para conseguir sucesso e ter um lugar ao sol. A frase adapta-se bem a um mundo competitivo, onde cada um procura melhorar, subir, ganhar mais e impor-se, para demonstrar que é um sucesso.
A competição, com a globalização, tornou-se feroz. E atinge todos os campos. Não é diferente no mundo do emprego. Nele, temos, de um lado, a “venda” de um sonho: o bom emprego. E os jornais – a mídia, de um modo geral – explora isso muito bem. Mas não é este o foco deste texto. O objetivo, aqui, é olhar mais de perto como se dá o relacionamento das pessoas neste mundo, quando o emprego é desejado e a subida de posição uma conquista que deixa cadáveres pelo caminho.
O que impera neste mundo? Não tenho resposta, mas a se acreditar em uma matéria que acabei de ler, é mesmo uma selva, não lá fora, mas onde se disputa, primeiro, um emprego e, depois, uma promoção, uma melhoria. Nestes casos, o primeiro passo é de uma competição acirrada, com vários disputando um mesmo posto. Aqui, entra a competência, mas entra, também, o quem indica, o compadrio, o apadrinhamento.
Depois, já no emprego, é que as coisas ficam mesmo pretas – sem nenhuma conotação racial. Aí, então, vale tudo, indo da intriga à fofoca e desta aos golpes nos adversários, sejam eles quais forem. De acordo com especialistas que estudam o assunto e que foram ouvidos pelo jornal onde li a matéria, tudo é válido, desde que a promoção saia e se melhore, de cargo e de salário.
Como bons empregos são escassos, ganhá-los é uma boa conquista, mantê-los, melhor ainda, principalmente se conseguimos progredir, melhorar de status e de salário. Não tenho experiência nestas disputas, pois quando cheguei ao mercado de trabalho era diferente. E hoje, como mando na minha vida, vejo as coisas de um modo diferente. No meu universo profissional há competição sim, mas ela ainda não se transformou em um vale tudo.
E além disso tenho alguma experiência no relacionamento com empresas e não vejo este clima, apontado pelo jornal. Acho que a competição realmente existe, mas entendo que os golpes baixos, as fofocas, as intrigas não são o padrão, mas um desvio. E vejo muitas empresas que adotam a meritocracia para suas promoções, o que invalidaria estes procedimentos.
O fato, como registra o jornal, é que estes procedimentos – que são humanos – existem. E em algumas situações, podem acabar influindo a favor de se conseguir um cargo ou uma melhoria. E você, o que acha.
OBJETO DE ESTUDO
Quando iniciei este blog, há pouco mais de dois anos, jamais imaginaria que ele se transformaria em objeto de estudo. Pois não é que aconteceu. Primeiro, aqui, no Espírito Santo andei respondendo a questões de estudantes de comunicação, cujo trabalho de conclusão de curso era sobre internet e falavam sobre os blogs e a blogosfera.
Agora, no entanto, é mais específico. E sob o título “Blog Jornalístico/Lino Resende. Jor: uma análise do uso do blog como veículo jornalístico”, Manu Drumond e Marina Laviola, estão fazendo seu trabalho de conclusão de curso. Elas são graduandas em Comunicação Social – Jornalismo com Ênfase em Web e Multimídia da Universidade Presidente Antônio Carlos-UNIPAC, na cidade de Conselheiro Lafaiete-MG. Jamais imaginei uma coisas dessas, mas sinto-me honrado de servir para este tipo de trabalho.
NOVA FERRAMENTA
Acho que todos sabem que uso o WordPress como plataforma do blog. Pois a empresa que desenvolveu o programa acaba de recolocar no ar uma ferramenta que, antes, não lhe pertencia: o Intense Debate, que é uma ferramenta para os comentários, permitindo que haja, realmente, um debate intenso a partir deles, já que os leitores podem não só opinar sobre o artigo, mas sobre o que outros leitores comentaram.
Participar é muito simples: Observe que ao final dos comentários existe um pequeno Ícone Post a reply. Clicando nele, abre-se uma Área para um novo comentário, permitindo a troca de opinião entre os leitores. E tudo o que é comentado depois é agregado pelo Intenso Debate. O programa tem inúmeras ferramentas, infelizmente, ainda em inglês. Quem se cadastrar tem os seus comentários seguidos e vai ganhando autoridade na medida em que eles aumentam.
Dêm uma olhada. Eu achei interessante e por isso estou usando.
10 Respostas
Acho que por causa desta luta insana nas empresas ( e fora delas tbem ) é que estou fora do mercado de trabalho,LINO.Cansaram de me dizer que eu era muito bonzinho. O resultado está ai.
Otima semana à vc.
Abração!!
Dizem que no amor e na guerra vale tudo, Lino! Será? Quanto ao trabalho, acho que todo cuidado é pouco; porque podemos ser bonzinhos e ingênuos demais e tem sempre um querendo puxar o nosso tapete! E parabéns pela pesquisa das minhas conterrâneas!
Bjo e otima semana.
Eu achei que fosse lenda aquela historia de que tem gente que é capaz de tudo, mas hoje percebo que o carater, a ética e a dignidade é o que menos importa. Alguns indíviduos passam por cima dos outros e até dos seus valores por uns trocados a mais, ou melhor, pelo status de ocupar um cargo acima. A verticalização destrói bons relacionamentos em alguns ambientes de trabalho.
Do, infelizmente, é assim neste mundo de vale tudo. Pena que tenha tanta gente seguindo este caminho.
Carla, a gente não precisa ser bonzinho, é verdade. Mas acho que mau caratismo, também, não tem vez. Sou a favor de crescermos por mérito.
Infelizmente, é a pura realidade, Leo. Sou dos que acham que a meritocracia é o melhor e é ela que deve nortear as nossas ações.
Amigo, te achei no Twitter.
Big Beijos
Bom dia, companheiro!
Ótimo tema para um debate! Nunca fui boa em competições, portanto o que sei delas é o que vejo ao meu redor. E garanto que não gosto nem um pouco. O animal homem, que já anda excessivamente irracional, torna-se predador. E os poucos valores que o movem, são deixados de lado na busca do objetivo. Não gosto disso. Sou sempre pela valorização do humano, dos sentimentos, da cooperação.
Mas acho que isso está completamente fora de moda, né? rs…
Beijo, querido!
PS. Eu já estava a ponto de pegar um vôo e pousar em V.V., viu? Imagina o que seria do AO sem vc? rs…
Oi Lino.
A propósito deste tipo de disputa, lembrei de uma frase do Che, com uma ligeira adaptção: Há que endurecer, porém, sem jamais perder o caráter.
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Hehehe, parabéns por ter te transformado em fonte de eventuais sustos, dor de cabeça e ranger de dentes para estudantes universitários (estou falando dos efeitos colaterais da TCC). No final, no entanto, prevalece o regozijo.
Um abraço.
Lino, eu cheguei aso 44 anos, sem precisar pisar em ninguém.E confesso que galguei grandes espacos nas empresas por onde passei. E nao aconsleho ninguém a sair pisando nin guém em troca de promocao, dinheiro, etc.
Nunca época dessas, meu amigo, de tanta tragédia na vida, naoc ereio ser o ideal de vida esses métodos esquisitos.
Para poupar meus filhos de entrarem nessa loucura, meu marido está transformando a empresa em algo familiar.E passando a eles comod eve ser a vida.
O mais itneressante, Lino, é que vejo pessoas pisando outras hoje,e amanha…saindo num caixao…de defunto.
Agora me diga: PARA QUÊ?POR TAO POUCO?
BJS