A internet tem coisas boas e, nesses dias de quarentena, ela tem me ajudado a passar o tempo do isolamento social. O problema que temos é achar o que é bom, já que, no mais das vezes, o que encontramos é puro lixo. O coronavírus e a Covid 19 nos obrigaram a ficar em casa – pelo menos para aqueles que tem consciência – e ficamos com muito tempo vago, que precisamos preencher.
Tenho recorrido à internet, seja para vídeos, música ou leitura. No primeiro caso, tenho usado bastante o YouTube e descoberto – o que não sabia existir antes – ótimos shows, indo do Cirque du Soleil às apresentações de André Rieu, de Maria Bethânia, Yamandu Costa e vários outros. Redescobri o Riverdance, que mistura dança folclórica da Irlanda com música também tradicional do país.
STREAMING
No caso específico da música uso muito o streaming usando o Spotify e o Música, da Apple. Em alguns dias passo um bom tempo descobrindo novas músicas, ouvindo gêneros diferentes, explorando o que há além das paradas, repletas do moderno sertanejo, um gênero que não me atrai. Nos dois casos, tenho descoberto ótimos intérpretes e músicos em várias partes do mundo.
Ainda no streaming, tenho recorrido, também, ao Netflix e ao Prime Video para séries, filmes e documentários. Uma das boas séries que estou vendo é Home, produzida pela Apple e que retrata a construção de casas em várias partes do mundo, que vão das esquisitas às supermodernas. É uma série que recomendo.
LEITURAS
Em relação a leitura, voltei a alguns livros antigos, que havia lido há algum tempo, como já informei antes. Mas tenho, também, lido coisas novas e, boa parte dessa leitura decorre do que encontro na Internet. O principal repositório é o Feedly, um agregador onde tenho várias fontes de informação listadas. Diariamente, vejo o que está publicado e posso selecionar o que me interessa. Um dos integrantes deste feed é o BBC Future, em inglês, com ótimos assuntos.
Como estamos em tempo de mudança, uma das leituras é sobre o que pode acontecer no futuro a partir do uso da tecnologia. E um dos locais que tenho usado é o SingularityHub, que se foca em tecnologia e o seu uso e desenvolvimento. O único inconveniente é que o site é em inglês, mas tem assuntos muito estimulantes e que nos ajuda a pensar e imaginar como pode ser o amanhã. E, dentro dessa mesma ótica, também leio o One Zero.
COISAS BOAS
E, por fim, não que não é o final, descobri que existem outras coisas boas e elas já estão dentro de casa. Tornei-me mais participante nas tarefas diárias, ajudando naquilo que posso participar e me dispondo a aprender o que, antes, não sabia. Nessa item, entram as tarefas domésticas, mas não cheguei, ainda, a cozinhar. Este será um dos próximos passos.
O que tenho feito – e nisso venho evoluindo – e fazer o pão que comemos no dia a dia. Era um projeto antigo que vinha adiando, adiando e adiando. A pandemia e a Covid 19 trouxeram uma nova oportunidade e tomei a decisão de tentar. A tentativa foi um sucesso, o que me estimulou. Agora, semanalmente, cuido do pão que iremos ter durante a semana. E fazê-lo não só me ocupa o tempo, mas me dá muito prazer.
Como não sei – e ninguém sabe – quando deixaremos o isolamento social, ainda tenho muita coisa para ver, ler, fazer e aprender. Estou abraçando a mudança que ela nos trouxe e, ao seu final, serei um pouco diferente do que fui. E terei aprendido um pouco mais.