Uma das questões mais discutidas é o consumo de drogas, como pará-lo ou controlá-lo. Há, ainda, um outro lado, não envolvendo a repressão, mas o uso científico de determinadas substâncias que podem, também, ser usadas como alucinógenos. A característica geral é que, de um lado, elas são ilegais, embora em alguns casos, sejam até de largo consumo. E de outro, as pesquisas andam lentamente, até por terem de testar e garantir a segurança de uma substância que será aplicada aos humanos.
Em relação às drogas, especificamente, os especialistas apontam que o seu nível de entrada é a maconha. Ela seria o degrau inicial para os que, depois, avançam por drogas mais pesadas, tornando-se viciados. Nestes casos, as consequências são as que todos nós conhecemos, com o seu lado mais visível que é o da criminalidade, da formação de cartéis de drogas, da lavagem de dinheiro e da criação de todo um mundo paralelo de negócios sujos.
Faz-se muito dinheiro com as drogas, sejam elas legais – comercializadas pelas grandes indústrias farmacêuticas – sejam as ilegais. Mas isso todos nós sabemos. O que não sabíamos, pelo menos até agora, é que o próprio cérebro fabrica a sua “maconha”. A descoberta é de cientistas brasileiros e dos Estados Unidos e ela, em princípio, dá razão à canção de Bob Dylan que diz estarmos, todos, meio que dopados. E isso por ter os pesquisadores descobertos que o nosso cérebro – sim, o cérebro humano – produz determinadas substâncias químicas que se assemelham, pelo menos no resultado, ao que a maconha provoca.
A descoberta, de acordo com os pesquisadores, pode levar ao desenvolvimento de novas drogas que ajudarão a controlar o uso da própria maconha, mas podem, também, estimular o apetite e a controlar a dor. A vantagem das novas drogas – as legais, pelo menos – é que elas evitariam os efeitos colaterais produzidos pela maconha. Os detalhes do estudo estão em uma publicação técnica, voltada para a área de farmacologia e que é só é aberta aos assinantes. O que me chamou a atenção é o fato de o próprio cérebro criar seus estimulantes, “fabricando” um tipo de componente químico que, adotado de forma natural, é amplamente condenado pela opinião pública.
Hoje, a maconha é usada, em alguns casos, como tratamento, mas feito sob estrito controle. Agora, com a descoberta o que irá mudar? Talvez nada. Afinal, há uma quase unanimidade na condenação ao uso de drogas, inclusive a maconha. O que se abre é uma nova perspectiva de usando-se um produto natural se desenvolver aplicações que podem ajudar o ser humano. A ciência, aqui, apenas comprovou a ação de uma substância natural e que vem sendo usada a centenas de anos por jovens (?) de todo o mundo.
Mas se há um lado científico, de experimentação, haverá, também, sempre o lado cínico dos humanos. E quando alguém for pego fumando maconha poderá, de forma cândida, argumentar: Estou me medicando! Deixando de lado a brincadeira, o que fica evidente é o pouco que conhecemos sobre o funcionamento do nosso cérebro e sobre substâncias naturais que podem agir como drogas, aqui no sentido de remédios. Temos, sem dúvida, um longo caminho a percorrer.
Esta é outras descobertas ligadas ao uso terapêutico das drogas ilegais não deve mudar, pelo menos a curto prazo, o panorama que hoje temos, que é de crescente consumo delas em todo o mundo. E com isso da multiplicação dos problemas que causam, gerando toda uma “indústria” que se torna mais e mais multinacional. Talvez esta nova descoberta seja o começo de uma mudança. O que você acha? Como encara o uso de drogas, as legais e as ilegais? (Via Eureka, em inglês)
10 Respostas
Lino. Usar drogas, legais ou ilegais, deve sempre causar malefÃcios. Mas, eu já li, com surpresa, que vários pacientes usam a maconha( ou extratos dela) para eliminar muitos tipos de incômodos, sobretudo o mal-estar advindo do uso da quimioterapia. A Cannabis (como li) é empregada em muitos paÃses, mas sempre com uso restrito e vigiado pelos médicos. Ela é indicada como antiemético, principalmente…
Mas, como você diz, vai longe o estudo e a discussão dessa questão de drogas ilÃcitas, que se tornariam lÃcitas, etc…
Não abordei o foco do tema que você expôs…Mas, me entusiasmei com a leitura que já havia feito sobre a maconha, em hospitais…rs
Beijos.
Dora
Bem polêmico, né? Se for pro bem, com certeza, será muito proveitoso! Já o contrário….
Bjo.
Linoo, vc colocou a questão e não tenho resposata, nesse momento para lhe dar. Posso convida-lo para visitar meu blog, pois, hoje, postei um conto que fala sobre drogas e bebida. Nada profundo ou literário, mas um alerta ao povo. Elza
Primeiro a ‘droga’ que o nosso cérebro produz não é artificial e segundo, o uso da droga artificial inibiria a produção desta ‘droga’ que nosso cérebro produz naturalmente. As endorfinas são responsáveis pelo nosso ânimo, bem estar e metabolismo. Uma dessas proteÃnas é a anandamida, do grupo das substâncias quÃmicas chamadas de canabinóides e estes receptores estão em alta concentração hipocampo, cerebelo e nos gânglios basais. Quem fuma maconha com freqüência encolhe essas partes do cérebro e podem até perder a memória, ficarem agressivas, deprimidas…há quem fume maconha ‘socialmente’.
Lino, nunca me dei bem com drogas, prefiro estar lúcida e acho que a melhor forma de lidar bem com elas é repassar conhecimentos, no sentido de mostrar o lado ruim para os pretendentes ao uso, já que os usuários e traficantes, fazer o caminho de mostrar o lado ‘bacana’.
Para os humanos, tudo que é proibido tem sentido de aventura e transgressão e por isso, sou a favor da liberação. Por outro lado, vemos que em alguns paÃses onde o uso foi aberto para viciados, aconteceu do uso entre os não viciados aumentar.
Ah, para você pensar “será o nosso cerébro o responsável pelos nossos vÃcios?” responda levando em consideração que, essa mesma substância de que fala que o cérebro produz, foi encontrada anteriormente em nossa pele.
😉
Boas reflexões!! Bom fim de semana! Beijus
É muito polemico e controverso este assunto,LINO. Claro que o uso para fins medicinais é necessário,mas aà vc abre a possibilidade para outros tipos maléficos de utilização.
Na dúvida,prefiro deixar como está.
Abraços!
Bem dificil a situação…por causa do descontrole emocional humano moderno…o ser e o ter fazem parte dos que querem estar atualizados e é bom ser drogado e é bom ter se chapado…muitas bandas vendem essas imagens e muitos editorias de moda tambem…o que está implicito é o que é bem mais nocivo…concordo que tenhamos um estado dopado permanente só que considerado “saudável” é a máscara social que adquirimos para fazermos parte de um conjunto de regras: acordar, se vestir, usar perfume, se alimentar, cumprimentar, se locomover, trabalhar, sair, pagar contas, comprar roupas, ler coisas, estar informado…muitas vezes não queriamos fazer nenhuma destas coisas mas o nosso “estado dopado” acena vai ficar ai? – e quem vai pagar as suas contas?! – o colégio dos filhos, o rango, o sapato novo, o chope, a cinema com a mina ou com o mino e o batidão funk e o fuck e se gerar love? quem vai pagar a fralda? o leite caro do menino?
Sou contra a legalização.
quero saber sobre o efeito quimico ..Sobre a maconha…Tenho vontade de experimenta…
sou contra o uso de drogas,mas hoje em dia existe tratamento com o uso de drogas…..
eu sou bem afavor !
axo que maconha não é uma droga tão prejudicias como as outras