Antes de termos no poder alguém que não chegou à universidade, atribuíram ao presidente anterior ter dito para esquecerem o seu passado.
Na verdade, Fernando Henrique Cardoso jura que não pediu para esquecer o que escrevera. Bom intelectual, tem sempre a oportunidade de justificar o que disse por circunstâncias da época. Como o tempo anda, as opiniões também.
Se no meio intelectual é complicado esquecer o que escrevemos ou o que dissemos, no meio político este é um comportamento corriqueiro e usual.
Agora mesmo estamos vendo isso, não em palavras, mas em ação.
O presidente Luiz Inácio retirou de sua biografia – pelo menos na propaganda eleitoral – tudo que se relaciona ao PT, partido que fundou e que lhe deu sustentação, inclusive na criação do mensalão.
Além de “lavar” sua biografia das “manchas” do PT, o presidente Luiz Inácio acha que isso é só um detalhe, nada importante.
Talvez ele tenha razão. Importante, na verdade, não é o que ele foi ou disse, mas o que vem fazendo.
E a ação, neste caso, não resiste a uma comparação com a biografia. Pelo menos se tomarmos por base o que foi dito e feito anteriormente.
Como o tempo muda, o presidente mudou. E nesta mudança deixou de lado crenças que sempre professou.
Talvez por isso é que não tenha sabido do mensalão, dos sanguessugas, das propinas cobradas por assessores, de licitações superfaturadas, etc. etc.
Talvez se ele se preocupasse com sua biografia, nada disso tivesse acontecido.
O que parece é que, tomando gosto pelo poder, ele colocou o posto acima e à frente de tudo. E para mantê-lo pode, inclusive, apagar sua biografia.
Uma resposta
PSDB-PFL dois partidos de fazer o povo de bobo, pense nisso, pois a mídia colabora.
Acho que vem muita baboseira por aí. Não cola qualquer acusação. Sempre haverá a comparação com o Governo do FHC, aliás, o maior cabo eleitoral do Lula. Taxar de omisso é brincadeira. Temos a reforma tributária que o FHC não fez. Temos a reforma da Previdência que não fez. Temos a reforma política que não fez. Temos a reforma Administrativa que não fez. Temos a crise na Segurança Pública que passou a brancas nuvens em seu governo. A crise na saúde pública. A crise na educação. Temos as privatizações envoltas em nuvens de incertezas e interrogações. O FHC dizia que o estado não é empresário, que deveria se dedicar a Educação, Sade e investir em infraestrutura. Onde está o dinheiro arrecadado. Agora tomamos conhecimento que a dependência em relação ao gás importado da Bolívia foi criado no governo do FHC. Portanto, só tenho a lamentar. O ideal seria o PSDB hibernar por longo tempo e preparar o Governador Aécio neves e o Geraldo Alckmin para daqui a quatro anos, refletindo sobre todos os erros cometidos.