Desde que nascemos e ao longo de toda a vida aprendemos que a confiança nos ajuda. Precisamos, primeiro, confiar nos nossos pais, que nos dão o suporte para a vida, educando-nos e nos preparando para o futur. Depois, precisamos confiar nos nossos mestres, que nos ensinam o que precisamos para seguir adiante, enfrentando o trabalho. Mais tarde, aprendemos a confiar a quem a nós se juntou, transformando-se em parceira e fazendo com que também nos transformemos em família, reiniciando o ciclo de confiança. E, por fim, acabamos por confiar nos amigos que fazemos ao longo da vida e que, em muitos momentos, são o suporte que encontramos.
Estes são apenas alguns dos aspectos da confiança, do que estabelecemos em relação a quem está ao lado ou próximo de nós. Mas saindo do ambiente familiar e de amigos, em quem você mais confia? Existe, no seu entender, alguma profissão que seja mais confiável do que a outra? Dá para, por exemplo, confiar mais em um médico do que em um policial? É possível confiar em quem nos orienta espiritualmente? De uma outra forma, estas perguntas foram colocadas para a população do Espírito Santo por um dos mais conceituados institutos de pesquisas capixabas. O resultado, no final – e pelo meu ponto de vista – é bastante surpreendente.
Vamos, primeiro, aos resultados sobre a confiança. De acordo com os capixabas – e não acredito que seja muito diferente no Brasil – o profissional mais confiável é o bombeiro. Os bombeiros estão no topo da lista da confiança, adiante dos carteiros, que são os segundos colocados, e dos professores, que vem em terceiro. O quinto lugar são dos engenheiros e o sexto, dos jornalistas. Estes, talvez, pelo exercício do poder de informação, essencial à democracia, e que nos últimos tempos no Brasil tem se virado muito em direção aos problemas do Estado e seus reflexos no cidadão. O jornalismo denúncia, que fica ao lado do cidadão, parece ter ampliado a credibilidade da profissão.
E do lado negativo, aqueles em que se confiam menos. Advinha quem é o campeão absoluto? Sim, isso mesmo, o político. Nunca neste país, como diria um conhecido nosso, alguém foi tão desacreditado quanto um político, ao ponto de ser chamado de político ser quase um insulto. O resultado não me surpreendeu, mas como já disse aqui, o político é o reflexo do cidadão, pois afinal somos nós os responsáveis por ocuparem os postos que ocupam. O segundo profissional menos acreditado é o policial. Inevitavelmente, isto é o reflexo dos tempos de violência em que vivemos, atribuindo-se à Polícia e a quem a integra a responsabilidade por ela.
O terceiro lugar é dos advogados, que ainda tem menor credibilidade que os juízes de Direito, que ganham dos economistas. Achei interessante a colocação dos economistas, afinal, em uma economia estabilizada, como a que vivemos, suas advinhações já não causam tantos problemas como antes. O que me surpreendeu, em relação ao lado negativo, foram os últimos colocados na área de confiança, exatamente os padres e pastores. Como mais de 90% dos brasileiros afirmam professar uma religião, qual seria a explicação para esta desconfiança? Não quero entrar no mérito, mas os líderes espirituais já foram bem mais acreditados, não?
A pesquisa, como viram, limitou-se a alguma profissões, não abrindo assim tanto o leque. Mas as conclusões podem nos levar à indagação de como anda a confiança do brasileiro no seu próximo, no profissional que está do seu lado, no líder político que o representa ou no policial que deveria defendê-lo. Será que estes níveis de confiança e desconfiança acontecem em relação a outros segmentos? Não dá para especular, pois a pesquisa não diz. Cabe, no entanto, a pergunta: em quem você confia mais? Me diga, eu gostaria de saber!.
6 Respostas
A pessoa que eu mais confio? Na minha mãe.
Beijos!
Lino, em se tratando de profissionais, com certeza, confio no bombeiro, em primeiro lugar!
E, claro, enquanto vivos, confiava nos meus pais!
Agora, em primeiro lugar, em mim e nos meus filhos!
Bjo.
Ah eu tb voto nos bombeiros, parecem estar sempre a postos e dando a vida para salvar pessoas em perigo e ate tirar gatinhos de cima de arvores, fazer partos, sao incriveis. Os politico spara mim nem sao profissionais. Entao na desconfiança total coloco os advogados. Se algum dia quiser fazer uma materia sobre as barbaridades e as desonestidades que uma pessoa pode passar num processo de divorcio, tendo confiado a vida a esses bandidos, me procure. O que vale é que exitem as raras exceções , que sao as pessoas maravilhosas que estao em todas as areas. Mas advogado é treinado para mentir, dissmular, fazer “estratégias, e nao para te defender de verdade. Vejo desse modo. Enfim, espero estar enganada. Mas se o povo diz, eu acredito que nao sou so eu que penso assim.
Bjos e bom final de semana,
Cam
PS: sempre que entro no seu blog percebo que em cada um dos comentadores tem varios comments ao lado, acho que sao as vezes que ja comentaram. Por que o meu sai como novo, parece que é a primeira vez que estou comentando aqui. Enfim… so uma curiosidade. Bjos
Lino, tal confiança pode ser relativada. O médico mais criticado e perseguido aqui na cidade, chamado e conhecido como O AÇOUGUEIRO, foi aquele que, na situação critica, salvou minha esposa e filho.
Ele não é de confiança para aquela outra famÃlia que a mãe teve que ouvir dele:
– Vou cuidar deste ferido, que foi acidente e ele corre risco de ficar aleijado. Sua filha que tomou veneno para morrer fica para depois.
Lino, na cidade em que moro, confio muito nos paramédicos, que aqui, sao bombeiros, tbm. E, depois, nos médicos. Jornalistas aqui só têm feito besteira e puxado sardinha para o lado deles e dos amigos. Em advogado, nao confio. Deus me livre!Apesar de ter escolhido essa profissao e naoe xercido. Os polÃticos daqui passam credibilidade. Talvez por que, tudo o que fazem é bem e xpoosto à populacao.E politico corrupto aqui, só tem o poder uma vez. O resto, ele cumpre na cadeia….kkkkk
Minha mae foi a pessoa que mais confiei na vida. E meu irmao mais velho que foi um pai para mim.Apesar de admirar a honestidade de meu pai genético, nunca confiei nele.Talvez por que um ato coemtido por ele , na minha infância, tenha me deixado marcas.
Mas confianca, Lino, é muito relativa.Mas que nao significa que naos eja essencial.