Como você imagina que será enterrado? Esta é, para muitos, uma pergunta inconveniente. Mas talvez seja necessário refletir sobre a hora da morte e, a partir dela, o material que se usa para que cheguemos à nossa última morada.
Mesmo com ninguém gostando de falar no assunto, a morte tem toda uma indústria voltada para ela. Afinal, quando chega o nosso dia, uma série de ações devem ser tomadas até que cheguemos à – para usar um eufemismo – nossa última morada. E é essa indústria que está tornando a morte ecológica.
A tendência já se instalou, por exemplo, nos Estados Unidos. Uma empresa, a Ecopod, fabrica caixões que são ecologicamente corretos, usando papel de jornal. Mas ela não é a única. Há toda uma tendência do sepultamento natural e ele começa na própria preparação do corpo, passando pelos acessórios usados e chegando ao próprio local do enterro.
Tudo é feito no sentido de que, voltando à terra – lembram-se de “do pó ao pó”? – seja-se o mais possível natural. Nada de cimento, nada de metais, nada de química. Tudo deve ser natural, degradável, de forma que a natureza não seja agredida.
Nesta nova onda um dos mais antigos procedimentos, que é a cremação dos corpos, está ganhando maior volume por ser considerado, no final, o mais natural dos processos. Cinzas na mão, elas podem ser espalhadas ao vento, fazendo com que, ao voltarmos ao pó, encontremos, de novo, a natureza.
Parece non-sense? Então, pense nos números. Somente nos Estados Unidos o mercado potencial é de 11 bilhões de dólares, um volume muito maior do que muitos outros segmentos considerados importantes. Neste caso, podemos falar de uma “indústria da morte” e garantir que ela está buscando, aliás como praticamente todos os outros segmentos do mundo, transformar-se em ecologicamente correta. (Via CNN, em inglês)
17 Respostas
Este assunto já me causou pânico muitas vezes… estou conseguindo lidar melhor com ele ultimamente, agora só tenho um pouco de medo à s vezes…
Sobre sua pergunta, minha famÃlia tem… como se diz? uma vaga? um tÃtulo? sei lá, num cemitério vertical localizado em Santo André.
Parece-me também que é ecologicamente correto. Funciona mais ou menos assim:
Existem duas tubulações nas câmaras de sepultamento, uma “alimenta” com oxigênio e a outra retira os gases formados pela decomposição, esses gases são tratados antes de serem eliminados na atmosfera.
Um abraço e vida longa para todos nós!
Ah Lino desde sempre eu digo que quero ser crremada, para mim não é nenhum problema este assunto!!!! Aliás, antes não tinha crmatório aqui em BH, isso sim iria ser um transtorno pra minha famÃlia, mas agora, tá fácil, já tem um em Betim que é aqui ao lado.
bjos
Também quero ser cremada, mas as pessoas precisam saber que para isso não basta apenas o desejo . Existem formalidades LEGAIS a serem cumpridas para que este desejo seja realizado.
Com as atuais leis embientais, é proibido sepultar uma pessoa diretamente na terra. O cadáver precisa ser envolto em uma mortalha impermeável, e sepultado numa caixa de concreto preparada para que os gases da putrefação sejam liberados. Décadas depois, o corpo é retirado, a mortalha vai para algum tipo de reciclagem e os tecidos humanos são queimados ou vão para um ossário, que também é um problema ambiental. Já se estuda a criação de uma mortalha oxibiodegradável, que desapareça em algumas décadas, acompanhando o processo.
Eu, como lia Edgard Alan Poe na adolescencia, quero ser cremada… e voce ja deve saber por que ne ?
Risos….
beijocas
Lys
Eu quero um funeral como o dos monges tibetanos. Ser cremado é o que existe de mais inteligente… não consigo imaginar o ato de “desocupar” o corpo onde habito para deixá-lo enterrado em algum lugar. E aquele negócio de lavar túmulo, então! Aff!
Cremação é meu desejo, como a maioria, Lino , apesar de não estar nada preocupada com o conforto do meu corpo após a morte, quero é cuidar do encaminhamento do espÃrito!.
Bj
Não consigo saber ao certo o que quero….acho que a nÃvel de poluiçao/ambiente o melhor é o cemitério vertical com tratam/dos gases….mas isso é caro…então quem fica que faça o que puder…:(
Boa vida a tds nós:)
Por enquanto não quero pensar, mas decidi e ja avisei q quero ser doadora de orgãos.
Big Beijos
A cremação vai ganhando espaço dia a dia. E aqui no Rio é até uma questão de segurança: os cemitérios estão ao Deus dará…
Um abração.
Ah, caro Lino, uma coisa tenho certeza: quero ser cremado, e minhas cinzas sendo jogadas do alto de um penhasco(queria que fosse no espaço, mas é inviável).
Quero ser cremado e quero que joguem minhas cinzas na Vila Belmiro!
Oi Lino
Me agrada a idéia de que minha carcaça adube a terra depois de minha alma ter ido morar no infinito. Mas que não seja já.
Um abraço.
olá, Lino. Os assuntos são quentes, realmente os blogs têm crescido, no entanto sinto ainda o preconceito até entre amigos. São tantas idéias circulando que não dá mais para esconderem as facetas da verdade. / Minha preferência por viagem admite que leve livros para ler e usufrua dos outros prazeres. Pode ser pequena viagem, uma ida a outra cidade próxima, tudo é viagem. Gosto muito das novas paisagens, novos rostos, novas visões. /Quanto à ecologia também na morte, nada mais natural, não é? morrrer é tão natural quanto nascer. Prefiro ser cremada, evita um bocado de ocupação da terra. Parabéns pela profusão de temas e abraços
Na famÃlia do meu marido, todos foram cremados e eu, depois de retirarem todos os órgãos e doarem, podem me cremar que eu e a Natureza agradecemos.
Bom dia.
Ah, para n/poluir seu espaço troque meu link que o antigo saiu do ar. Foi cremado pela dona que vos escreve.rs.
Poxa, Lino, muito obrigada por você tocar num assunto que muitos não gostam, apesar de ser aúnica coisa que temos certeza que um dia vai acontecer com todos nós.
Pelo que sei você tem que registrar um documento em cartório dizendo que quer ser cremada ao falecer.
Quando esse dia chegar, em primeiro lugar quero seja doado o que puder, dai quero ser cremada.
Algo que sempre questionei é não se pensa num proheto sanitário para cemitérios.Lógico que cada cultura e religião tem aus aforma de encarar a morte, mas há jazigos que você sabe que não há mais nada , só pó. Não poderiam pensar sobre isso?Tenho dúvidas.Beijos.
Engraçado, Lino que quando eu fazia arquitetura, um dos tipos de construções que havia um certo tabu eram presÃdio e cemitério.Quando um aluno escolhia esse tipo de cosntrução para Trabalho Final de Graduação, muitos não gostavam.
Outro tipo de cosntrução que era mais aceito mais não gostavam muito pela complexidade era hpspital(meu tema de trabalho final de graduação foi hospital).
Foi um desafio, encontrei barreiras de muita gente mas sabe que gostei?
Beijos e não vou te encher mais, já escrevi muito, um abraço.