O assunto é recorrente para todos os que, de uma ou de outra forma, se preocupam com a educação e com o futuro do país.
Mesmo assim, volto a ela. Trata-se, agora, da disparidade entre o volume de investimento feito no ensino superior e no ensino fundamental.
Dados divulgados pelo jornal O Globo mostram que o investimento por aluno é de R$ 1.200,00 no ensino fundamental e médio. Quando se trata do ensino universitário, há¡ um salto e o valor é multiplicado por 10.
No volume, é verdade, gastamos mais com o ensino fundamental e médio. Mas qualitativamente, muito mais com o ensino universitário. E qual é prioritário?
Não tenho dúvidas de que o ensino fundamental e médio são essenciais. é neles que o Estado deve se focar, preparando a base de quem, amanhã£, estará¡ no mercado de trabalho e pode até chegar a uma universidade.
A universidade, como já¡ comentei aqui, é para uma elite. Ela se destina a formar esta elite e, ao mesmo tempo, reter sua entrada no mercado de trabalho. Exatamente o que não faz hoje.
A grande maioria dos que estão nos cursos superiores, trabalha. E, neles, espera complementar a educação que não recebeu no ensino fundamental e médio.
Funciona? Sim, funciona. Mas não é este o modelo. A universidade deveria oferecer uma reflexão critica. Como está¡, ela não pode fazer isso.
O que precisamos é de uma inversão de prioridade. E cabe a cada um de nós lutar, exercendo bem o voto, para que isso mude.