A ciência, em princípio, nos dá um conhecimento limpo, direto e que devemos seguir. Certo? Deveria ser, pelo menos. Quando Descartes formulou o primeiro método científico levou em conta que, na apreciação de um cientista, todos os lados deveriam ser levados em consideração. No final, retirar-se-iam as conclusões que deveriam ser analíticas e imparciais.
O que Descartes disse continua sendo seguido, embora todos saibamos que é impossível afastar o seu próprio posicionamento na hora de se escolher a pesquisa, o que fazer e como fazer. Isso, no entanto, não impede que as pesquisas sejam científicas, não pessoais, e que tragam informações relevantes e testadas. Assim, o resultado de uma pesquisa científica pode ser considerado como “verdade”, pelo menos até que uma nova pesquisa o desminta ou modifica.
O que ocorre, no entanto, é diferente. E ao consultarmos as publicações científicas e de divulgação de assuntos ligados à ciência, vemos que o que há são contradições, muito contradições. Veja-se o caso do café. Em algumas pesquisas o seu consumo é recomendado. Em outras, criticado. Em uma, faz bem à saúde. Na outra, a prejudica.
O mesmo acontece, por exemplo, com o vinho. Ele pode beneficiar o coração. Mas segundo alguns cientistas, pode prejudicar a saúde. Como, então, ele é benéfico? E se é benéfico, como pode ser prejudicial? Tomemos as frutas. Algumas são altamente recomendáveis. Mas podem causar problemas. As cítricas são essenciais, mas podem despoletar uma enxaqueca. E nos dois casos, as pesquisas comprovam isso.
O que vemos, então, é que as pesquisas se contradizem. Algumas nos apontam benefícios de um produto. Outra, nos dizem que ele faz mal. Então, o que vale? Os dois, na verdade. A ciência não é uma verdade absoluta, o que pode levar à contestação do resultado de uma pesquisa. Aliás, conhecimento é cumulativo e muda com o tempo, podendo ser aperfeiçoado. Outro aspecto a ser considerado é que as pesquisas se concentram sobre um aspecto, não sobre tudo o que pode acontecer ao se comer uma fruta.
Como as pesquisas são localizadas, falam sobre resultados específicos. Se no caso do café há uma indicação que faz bem à saúde, que é estimulante, se pesquisado sobre outro aspecto pode, sim, indicar que há um prejuízo. A contradição, neste caso, é apenas aparente, já que os resultados são específicos.
Mas olhando a questão do ponto de vista leigo, no entanto, parece, sim, contraditório. Afinal, como se pode afirmar uma coisa e, ao mesmo tempo, negá-la? Na verdade, não houve a negação, pois as pesquisas estão tratando de assuntos diferentes, falando de coisas e campos diferentes. E se são diferentes, não há contradição.
A ciência, neste caso, oferece conhecimento, que pode ser novo ou mudar o que já existe, aperfeiçoando-o ou até mesmo negando e muda o que já existe. A contradição, neste caso, é apenas aparente.
8 Respostas
Questões complicadas, né?
Se tomo café, fico elétrica, se não, fico murcha, hehehe!
Melhor é achar um meio termo pra tudo… sempre que possÃvel!
Bjo e ótimo findi.
Oi Lino.
Fiquei na dúvida: devo abolir o café ou não? Acho que vou trocar pelo vinho, hehehe…
Um abraço.
LINO
Nossa, cada dia as coisas se transformam…
Um dia faz bem para a ciência,outro a própria ciência diz ser ruim….
NOSSA….
🙂
Lino, tudo tem seus dois lados. A energia nuclear revolucionou a medicina e é uma fonte alternativa de energia, mas ao mesmo tempo pode ser o caminho para construção de armas de destruição em massa.
No caso dos alimentos acredito que deve estar sempre relacionado a quantidade, todo excesso é ruim.
A ciência é profunda!!!!!!!!!
Como ela mesmo diz: temos que ver os dois lado…
Meio cansativo, nem é sim e nem não, antes pelo contrário!!! ahahah!! êta vida!!!
Bs,
Lino, eu optei pelo fazer, não importa o que vai acontecer.
Beijocas
Sera mesmo que são aparentes,LINO??
Acredito amigo Lino, que a ciência é leitura de malentendidos…Explico aquela que exalta os benefÃcios esquece de explicar que se ingerida em excesso faz mal…Já a que diz fazer mal, aponta os excessos daquele produto e reações estranhas ou malefÃcas. Quer dizer penso ser isso. Abração