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O custo de um voto

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou, com base na avaliação dos próprios candidatos, quanto serão gasto nesta campanha eleitoral. Ao todo – Presidente, Senadores, Deputados Federais e Estaduais – estarão sendo gastos, pelo menos oficialmente, cerca de 19,8 bilhões de reais. Isso significa que cada voto dos 126 milhões de eleitores irá custar 157 reais. Barato para os que, como muitos políticos atuais, estão pensando em negociar o mandato, transformando-o em trampolim para conseguir vantagens e enriquecerem, como mostram dados recentes da Justiça Eleitoral. Caro, muito caro mesmo, se quem procura o voto deseja efetivamente representar a população, quer fazer um

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De segunda classe

Os jornais de final de semana trouxeram uma boa notícia, que foi a subida de uma parcela considerável da população brasileira de classe. Com isso, elas melhoraram o seu nível de vida, influindo no consumo, já¡ que passaram a comprar artigos que, antes, não conseguiam consumir. A informação, no entanto, mostra outro lado da questão, que é a imensa maioria da população que continua com baixa renda e, no caso de uma boa parcela, excluída socialmente. Neste panorama, alguns tem muito, outros tem menos e muitos não tem nada. Estabelecemos, assim, uma linha onde existem cidadãos de primeira e segunda

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Dando um bom exemplo

Agora que os partidos já¡ escolheram e oficializaram seus candidatos, é preciso que fiquemos atento à movimentação que farão. Ninguém quer ver repetido um “mensalão” ou o uso do caixa 2, uma prática, segundo o nosso presidente, consagrada no país. O que a legislação busca, com as várias restrições que criou, é a igualdade na disputa. Mas, com reeleição, isso não é possível. Afinal, a máquina do Governo, mesmo não sendo ostensivamente usada, acaba fazendo a diferença. Neste panorama, um bom exemplo vem de Santa Catarina. Segundo o noticiário, o Governador catarinense, que disputará¡ a reeleição, irá renunciar. Deixará o

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Trabalho doméstico e direitos

Quem pode, tem um trabalhador doméstico em casa. Isso é verdade para o circulo que frequento. E também para os que, segundo o IBGE, estão entre os que ganham mais. A constatação nos leva a uma outra coisa, que é a discussão sobre os direitos dos trabalhadores domésticos. O Congresso acabou de aprovar a ampliação de alguns direitos, como férias de 30 dias, um terão de bonificação e FGTS. A medida, dentre outras coisas, foi chamada de demagógica. Ela pode até ser, mas esta não é a questão. No Brasil, todas as categorias profissionais reivindicam seus direitos. Todos querem férias,

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Corrupção e apoio eleitoral

Desde há¡ algum tempo o Governo Federal vem sendo acossado por seguidas acusações de corrupção. Na esteira dessas acusações, deputados foram cassados, ministros caíram, dirigentes de estatais também e espalhou-se lama para todo o lado. Tudo isso, no entanto, não afetou a popularidade do presidente Lula. O que se disse é que ele havia conseguido se descolar do PT, que ficou com a conta dos escândalos. Não sei se isso ocorreu, mas o que sei e de uma ótima fonte – a Fundação Perseu Abramo – é que os brasileiros tem perfeita noção do que ocorreu no Governo. Uma pesquisa

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Posição e atitude concreta

A jornalista Míriam Leitão mostrou, em sua coluna de O Globo, uma posição interessante que nós, brasileiros, tomamos. Como cidadãos, defendemos uma série de ideias. Mas não vamos às ruas para fazer valer o que pensamos ou defendê-las. É o caso, por exemplo, do meio ambiente. Todos somos favoráveis à sua preservação. Mas o que cada um de nós faz em favor dessa preservação? Entre o que pensamos e o que fazemos há um fosso enorme. O que precisamos é estreitar este fosso ou, mesmo, a mais longo prazo, acabar com ele. Uma das formas de diminuir o fosso é

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Os pobres um pouco melhor

A questão aqui levantada, contrastando os mais ricos e os mais pobres, merece uma nova consideração. E ela, pelos números apresentados, acaba beneficiando quem está¡ na ponta mais pobre da população. Segundo estudo dos economistas Mansueto Almeida, Fabio Giambiagi e Samuel Pessoa, do IPEA, os investimentos sociais cresceram, e muito, nos últimos anos. São, segundo eles, os responsáveis pelo aumento dos gastos do Governo. Os economistas defendem que, para crescer mais, o país precisa investir menos no social. E para comprovar sua tese, apresentam os números do crescimento dos investimentos sociais. Ao contrário deles, acho que o investimento no social é

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A questão do voto nulo

Tenho recebido algumas correntes, via Internet, pregando o voto nulo. O argumento é sempre o mesmo: os políticos não merecem confiança e, por isso, votar nulo é puni-los, não os elegendo. O raciocínio não é correto. Quem vota nulo, normalmente, é quem tem maior informação, consciência e sabe escolher um candidato. A maioria da população vai votar, e vota em alguém. Muitos, por clientelismo. Outros, por interesse, mas o fato é que a maioria vota. Se assim é, anular o voto, não pude os políticos. Na verdade, ajuda aos maus políticos, já¡ que, sem o voto consciente, fica mais fácil

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Capitalismo e exclusão social

Em um mundo onde há¡ abundância, temos o contraste de conviver com bilhões de pobres. Enquanto um só homem, como Bill Gates, da Microsoft, acumula uma fortuna de 50 bilhões de dólares, maior que o produto interno bruto de muitos países, bilhões vivem com menos de um dólar por dia. O mercado, ao contrário do que pregam seus apologistas, não conseguiu resolver o problema da fome, da pobreza e da falta de moradia. Se há – e os números comprovam – bilhões de pobres existe, também, um quarto da população que vive e mora em condições que, dourando a pílula,

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O fracasso do mercado

Nos últimos anos, sobretudo a partir do final da divisão do mundo em dois, com a derrocada da União Soviética, o que vemos é a prevalência de uma ideologia, o capitalismo. A hegemonia é tão grande que alguns teóricos chegam a falar em fim da ideologia. O objetivo, no caso, é naturalizar o capitalismo, apresentando-o como único caminho e tornando-o incapaz de contestação. O que se defende é a liberdade do mercado, erigido como capaz de resolver tudo. O Governo e a sociedade não tem de interferir, pois o mercado é autossuficiente, autoregulável e capaz de bastar. É o que

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Cestra de compras