Há alguns dias o noticiário foi ocupado pela discussão da utilização de células tronco, a partir de óvulos fertilizados em estudos científicos, voltados para a identificação das chamadas células potentes, capazes de reconstituir qualquer tecido do corpo humano. O tema tem gerado controvérsia e um dos argumentos é que pode levar à clonagem humana.
Células tronco não tem nada a ver com clonagem. Os princípios e os processos são diferentes. Elas podem, sim, levar à descoberta da cura de várias doenças, inclusive com a capacidade de recuperar órgãos danificados, devolvendo seu bom funcionamento. Hoje, no entanto, tudo isso é ficção, já que os estudos estão no começo e tem um enorme desafio de fazer passar da teoria à prática, ou do sonho à realidade.
O caminho da variante genética para a cura de doenças apenas começou. E será muito longo. Das poucas tentativas feitas, algumas fracassaram tão redundantemente que suas repetições foram proibidas. Em outros casos, mostraram-se ineficientes e também a vertente adotada foi abandonada. De concreto existe pouco, muito pouco. O muito que se fala é consequência de o assunto ser e gerar polêmica, o que o traz para o foco da mídia.
A chamada “vacina genética” ou a criação e recuperação de órgãos ainda é um sonho. Não é assim, contudo, com a clonagem. As ferramentas para que um humano seja clonado e, a partir de processo de substituição do núcleo de uma célula, possa um óvulo ser fertilizado e desenvolver uma nova criança estão todas à mão, bem testadas, já que existem exemplos de sucesso da clonagem em vários ramos de animais.
Gatos, ratos, cães, bois, ovelhas e muitos outros animais foram clonados com sucesso. A clonagem comercial é uma prática estabelecida, com ou sem modificação genética, e existem empresas que oferecem este tipo de serviço, seja para a reprodução de um animal de qualidade, seja para manter o seu gatinho de estimação, reproduzindo-o de forma constante ou quando ele estiver próximo da morte.
Homens são diferentes, é verdade. Mas as ferramentas para a clonagem são as mesmas. E não fosse o impeditivo ético, a clonagem humana já poderia ter sido feita. No meio cientifico – pelo menos levando em consideração o que leio – considera-se que é apenas uma questão de tempo que alguém clone um ser humano. Por dinheiro ou por fama, não importa, a clonagem – garantem – é apenas uma questão de tempo.
A discussão acirrada que se faz em relação aos óvulos fertilizados e ao seu uso, neste caso, acaba colocando na penumbra a clonagem humana, está sim, uma preocupação de cientistas que colocam a questão ética em primeiro lugar. Como há um desfocamento da questão, podemos perguntar: Será que a clonagem humana já não foi feita?
A pergunta, por ora, não tem resposta. Mas tecnicamente a clonagem humana é possível. E do ponto de vista cientifico, até um procedimento simples e corriqueiro.
12 Respostas
oi lino… tô passando rapidinho, só para avisar que vou tentar arrumar meu layout pra facilitar a leitura…
beijos
Vou confessar uma coisa,LINO: é aqui no seu blog que me intero com mais facilidade sobre este assunto.
Parabens!!
Abração!!
Lino. Mas, já houve algum sucesso no uso da célula tronco, adulta, não?
No entanto, as células de embriões, sem dúvida, é que guardam as soluções satisfatórias para a cura de várias doenças…E as pesquisas estão paradas, à espera da lei que as normatizem…Se depender da Igreja Católica, nunca será liberada tal pesquisa…por exemplo…
Essa é a polêmica atual, não é? E ela parece que vai se estender…
Quanto à clonagem humana, também não se sabe se já existem “clones” por aÃ…Acho que tranqüilamente pode ser afirmativa a resposta…Atrás dos bastidores das atividades humanas, há mil coisas insuspeitadas e desconhecidas…
Gosto de saber dessas suas falas novidadeiras!!
Beijo!
Dora
Sou a favor da utilização de células tronco embrionárias em pesquisas. A clonagem humana já é algo que sou totalmente contrário, pra tudo deve haver um limite.
Um abraço, ótima Páscoa para você e sua famÃlia
Estou na mesma linha de raciocinio do Paulo, pesquisas para salvar vidas sim, clonagem humana, de jeito nenhum, imagine certos tipos clonados???
tenha uma ótima páscoa meu caro Lino
Sim amigo Lino, é apenas uma questão de tempo…amanhã vou postar uma matéria sobre nova descoberta da um pulinho lá. Uma excelente Páscoa para vc e seus familiares. abç
Eu vejo a clonagem com outros olhos, já imaginaram se pudéssemos detectar geneticamente qualquer imperfeição ou doença no inÃcio da gestação? E curá-la????
E no caso de transplantes, ao invés de esperar uma doação, poderia clonar o orgão das suas próprias células. As possibilidades são muitas!
Lino, tem um prêmio para você no meu blog! Um abraço!!
Acredito que exista sim algum clone humano, mas muito bem escondido da população, imagina o choque q isso causaria? Tb já li q clones não possuem dna 100% perfeito, sempre possuem algum tipo de falha q pode acarretar em uma doença congênita com taxa de sobrevida muito baixa.
Big Beijos
Com esse negócio de clonagem, já estou me sentindo um disco de vinil.
Luis Fernando VerÃssimo
Um forte abraço, ro
As pessoas fazem uma enorme confusão com tantas informações. Sinceramente eu acredito que já tenha sido testada a clonagem humana.
Pessoalmente, acredito que já foi feita clonagem humana. Só não divulgam por critérios éticos e para não arrumar problemas com a Igreja Católica. Acho válida a pesquisa com células-tronco. Acredito que em breve, essa discussão vai perder o sentido. Foi assim com o uso de cadáveres nas salas de aula de anatomia. A Igreja chiou contra a “violação do corpo”, e hoje ninguém acha mais isso um absurdo. Boa Páscoa. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Lino, estou com a maioria. Sou favorável à pesquisa com as células tronco, pois acredito que poderemos chegar a resultados sensacionais na cura de muitas doenças. Quanto à clonagem propriamente dita, acho absurdo. Aliás, nesse tema, li o livro “Os Meninos do Brasil”, do norte-americano Ira Levin. Nesse romance, o médico alemão Joseph Mengele, um dos carrascos dos campos de concentração nazistas, teria feito diversos clones de Adolph Hitler. Ficção cientÃfica muito interessante e publicado, aqui no Brasil, pelo CÃrculo do Livro, ainda na década de 70 ou começo dos anos 80. Abração.