Desde o dia 01 de janeiro está em vigor a nova ortografia brasileira, com mudança de acentuação em algumas palavras e supressão de hífen, de trema e de outros sinais gráficos. Pelo que li, o objetivo era o de, em primeiro lugar, tentar uma unificação da forma escrita do português em todos os países onde ele é falado. E em segundo, promover uma simplificação da língua, tornando-a mais fácil.
A iniciativa de uniformizar a língua já foi tomada, por exemplo, pelo espanhol, que se escreve, hoje, de maneira idêntica na Espanha, onde nasceu, e nos outros países em que é falado. Tal como no caso do português, agora, isso não impede que seja falado de forma diferente e que tenhamos palavras diferentes para as mesmas coisas, como é o caso de fila e bicha.
Andei dando uma lida, neste final de semana, em matérias que falavam sobre as mudanças. E não vi simplificação. Aliás, em alguns casos, acho que as coisas ficaram mais confusas, como no uso do hífen. Não sou linguista, mas acho que ele é totalmente desnecessário. Então, por que acabar com o seu uso em algumas palavras e mantê-lo em outras? Isso certamente vai causar confusão na hora de se escrever.
Como as mudanças não afetam a língua falada, muita gente sequer vai sentir que mudou. Mas quando se trata de escrever, sim, haverá influência. E uma delas é do lado da indústria livreira. A reforma, tenho certeza, não foi feita com este intento, mas vai proporcionar um bom lucro a quem edita livros, sobretudo os didáticos, que tem de se adaptar à nova ortografia.
É verdade que existe um período de transição, mas todos estão tratando a mudança como imediata. Os jornais a estão adotando, os editores, anunciando novos livros, as escolas tomando providências para que a nova ortografia comece a ser adotada. Aqui, no blog, dentro do possível, ela começa a vigorar. O velho hábito, no entanto, pode fazer com que palavras que mudaram ainda apareçam grafadas na forma antiga. Mas como isso não atrapalha o entendimento, não vou me preocupar.
Já disseram que o português é uma língua complicada. Talvez seja. E mesmo que não o seja, os esforços de simplificação, a meu ver, são positivos. Também são positivas as ações de unificação da forma de escrever, permitindo que tenhamos um português mais parecido, aqui e alhures. O que me pergunto, diante da atual mudança, é se ela, efetivamente, simplificou a língua.
Em alguns aspectos, diria que sim. Em outros – pelo menos é minha opinião – não. E você, o que acha? As mudanças irão trazer algum benefício ou tudo permanecerá o mesmo? Que efeito elas terão sobre a língua verdadeira, a que é exercitada no dia a dia? Se fosse responder a esta última pergunta, diria que nenhuma. A língua falada não muda e é muito mais dinâmica do que a escrita.
7 Respostas
Dizem que esta unificação é uma forma de mostrar que a lingua está viva e que simplifica. Só que,como vc,o pouco que percebi,é que ficou muito complexo. Por enquanto ,claro,sou dos que não gostou. Na minha idade ter que voltar a aprender a escrever não é nada agradavel.
Abração,LINO
Cumpadi,
Ocê ja maginou eu ca minha idadi te qui aprender a iscreve di novo?
Acho que vo indoidecer….
Lino, acho a unificação válida, mas, até nos acostumarmos com essas mudanças, vai levar algum tempo, né?
Tenho estudado as mudanças desde dezembro de 2008 e até hoje a ortografia me surpreende!
João Ubaldo Ribeiro disse: “A reforma ortográfica não enriquece em nada o idioma, mas alguém, com certeza, enriquecerá com ela.”
Bjo e otima semana.
Nem me fale Lino,
Hoje fui postar e queria escrever “paraquedas”. Fiquei confusa! Com hifen? Sem hifen? Separado? Junto? Tem acento?
Agora vai demorar pra acostumar.
Fazia tempo que não te visitava aqui. Espero que esteja tudo certinho.
Abraço!
como sempre fui contra esta reforma, não sei se facilitou ou não, pq não me dei ao trabalho de analisar, só dei uma olhada. O que sei é que vou continuar a escrever como sempre, doa a quem doer, hehehe.
To perdida com essas novas regras..
Big Beijos
Lino eu que faço concursos advinha se estou gostando dessa mudança? 🙁
Abraço forte.