Desde muito cedo, me liguei na música. Em casa, no interior, era acordado pelo rádio tocando música sertaneja – não country, como hoje, mas a de raiz, brasileira – uma das preferência de meu pai, que as ouvia pela manhã e, às vezes, pela noite, mas quem nunca vi cantando. Depois, durante o dia o rádio era de minha mãe, que gostava de outro tipo de música, acompanhando os programas musicais da época em que eram tocados os grandes cantores brasileiros, como Dalva de Andrade, Anísio Silva, Nélson Gonçalves, Ataulfo Alves e muitos outros. Foi por ouvi-los no rádio e acompanhar minha mãe cantando suas musicas que passei a gostar de música brasileira.
Depois, já¡ adolescente, foi a vez do rock, com a chegada dos Beatles e de tantas outras bandas, além, é claro, da Jovem Guarda, com destaque para Roberto Carlos, que todos nós, adolescentes, cantávamos. Uma dos grandes sucessos foi O Calhambeque que, só muito mais tarde, fui descobrir que era uma versão de outra música em inglês e que também tinha feito sucesso lã¡ fora, sendo adaptada para o português. Acompanhei, também, a transição do acústico para o elétrico ou eletrificado, com o pessoal da Tropicália, que inclui Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes.
Da mesma época de Gil e Caetano, mas com vertentes diferentes, vi os primeiros passos de Chico Buarque de Holanda e sua A Banda, além de Travessia, de Milton Nascimento. Já adulto, todo este espectro musical estava incorporado à minha discoteca, que continha, também, sambistas, como Martinho da Vila, João Nogueira e Paulinho da Viola. Poder-se-ia dizer que meu gosto musical era eclético e este ecletismo continuou se desenvolvendo, com o acréscimo de gêneros como o jazz, o blues e o rithym and blues e o soul, basicamente vindas dos Estados Unidos com cantores como Billie Holliday, Luiz Armstrong, B. B. King, Aretha Franklin e vários outros.
Já casado e com filhos, descobri a música clássica a partir de Amadeus, o filme que retrata a vida de Mozart. Gostei dele e acabei comprando a trilha sonora. A partir daí, passei a ouvir outros compositores e não me limitei à música orquestrada, mas cheguei às árias ou trechos de óperas, com cantores como Plácido Domingos, José Carreras, Montserrat Caballe e Maria Callas. Era o que meus filhos classificavam como gritaria. Já diversificado o meu gosto musical foi ganhando novos acréscimos, como a vertente nordestina da música brasileira, com Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Luiz Gonzaga, Dominguinhos e outros.
Hoje, a música continua me acompanhando. No carro, no trabalho, durante a leitura ou mesmo apenas para relaxar, ela é minha companheira. Já não acumulo, como antes, discos e CDs. Recorro aos meios mais modernos, ouvindo muita coisa on line, sobretudo rádios que tocam os mais variados ritmos e que existem à infinidade na Internet. Tem horas que ouço música clássica, noutras, prefiro o jazz. Às vezes, a música brasileira, com ênfase para a bossa nova, como também posso mudar para o rock ou, mesmo, para a chamada música eletrônica, com bandas como Architecture In Helsinki. Ou, então, pode ser o folk, que não está¡ diretamente ligado ao folclore, mas que deriva dele e que pode ser tanto brasileiro como estrangeiro.
O que tudo isso significa é que, ao longo dos anos, a música sempre foi minha companheira. Fui aprendendo, aos poucos, que a diversidade na música – assim como ocorre com os humanos – é boa e é por isso que estou sempre aberto a ouvir coisas diferentes, venham de onde vier.
2 Respostas
Oi Lino.
Eu gosto bastante de música. Eu escuto principalmente no ônibus e quando estou caminhando.
De manhã, quando acordo, eu ligo sempre o rádio mas prefiro ouvir as notícias. Também não gosto de música quando estou lendo. Para a leitura eu prefiro o silêncio.
Bjs.
Elvira
Post bacana, que me fez pensar. Há tempos que não ouço minhas músicas preferidas. Há uma diversidade de sons e estilos à minha volta , de vizinhos, na rua, no trabalho.
Vou já criar minha playlist.
abraço, garoto