A irracionalidade em ação

Durante alguns anos fui Editor de Internacional do jornal A Gazeta, em Vitória, no Espírito Santo.

Nesta função, vi muitas ações bélicas em todo o mundo. Conflitos que surgiam do nada, por uma disputa política, racial ou religiosa.

Em alguns casos, ocorridos na África, com constantes guerras tribais, a marca destes conflitos era a irracionalidade. Matava-se por uma diferença. E só.

É esta irracionalidade, no meu entender, que está¡ presidindo os ataques de Israel ao Líbano e aos palestinos.

Não se trata de ser a favor dos libaneses e palestinos e contra os israelenses e judeus.

Sou dos que acreditam que judeus, libaneses e palestinos tem direito a um Estado, ao reconhecimento e a viverem em paz. Todos tem direito à vida e à terra.

O que não é aceitável, do meu ponto de vista, é usar uma força desproporcional como está¡ fazendo Israel. É como usar um porta-aviões para matar uma mosca.

Por mais tecnologia que se use, por mais que se selecione alvos, quem sofre é quem nada tem a ver com a disputa.

O que vemos é a falta de bom senso. E exatamente por um povo que sofreu horrores devido à irracionalidade política.

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