No cinema, na televisão e nos livros de ficção científica, a visão dos robôs na maioria das vezes é sombria. Veja-se, como exemplo, o caso de Eu, Robô, de Isaac Asimov, cuja trama fala de um desses entes que acaba matando quem o criou. No caso de Matrix, a trilogia, uma guerra acaba levando à dominação dos humanos pelos robôs que os usa como produtores de combustíveis. E na TV, como no caso de Galáctica, a humanidade é ameaçada por uma guerra comandada por eles, que tem o firme objetivo de nos exterminar.
Se a ficção é assim, como será a realidade? Primeiro, não se pode falar, ainda, sobre robôs como os vemos na ficção, mas eles estão presentes, e bem presentes, em várias áreas de atuação humana. É o caso, por exemplo, das fábricas, sobretudo de automóveis, onde eles atuam na montagem dos veículos, dando maior rapidez à produção. O que poucos sabemos é que os robôs já são usados nas guerras e estão em atuação no Iraque e no Afeganistão, ajudando a salvar vida de soldados que, não fossem eles, teriam de fazer um tipo de trabalho de risco.
A questão está bem abordada em um artigo chamado Robots at War: The New Battlefield (Robôs na Guerra: O novo campo de batalha), publicado por uma revista dos Estados Unidos, a Wilson Quartely. O que se põe é o efetivo uso de “seres mecânicos” – pois eles nada tem a ver com os robôs que vemos no cinema ou na TV, por exemplo, que são humanizados ou humanoides – nos campos de batalha, substituindo soldados de carne e osso, fazendo serviços mecânicos, como o de desarmar bombas.
A visão que o artigo nos dá e que talvez esteja mais próxima do real do uso de robôs e nos fala da sua utilização em tarefas que poupem a vida humana. Neste caso, eles não são tão ameaçadores, tampouco tem a forma humana, mimetizando o que somos. Aqui, na guerra – como na indústria – eles são máquinas, vistas como tal, mesmo que tenham toda a sofisticação e possam reproduzir ações que, em outras circunstâncias, teríamos – neste caso, os soldados – de fazer.
O artigo, que dá detalhes sobre robôs e sua atuação, é interessante e, no meu entender, merece ser lido. Há, no entanto, uma outra questão que fica subjacente ao texto e ela nos remete à possibilidade de, tal como acontece em Terminator (O Exterminador do Futuro), estes robôs virarem mesmo máquinas de guerras e, em um futuro não muito distante, transformarem-se em ameaça aos humanos, não só perfazendo as guerras, mas tornando-a mais custosa em vidas de soldados.
Poderíamos, no caso, ter uma nova Matrix, com o domínio das máquinas sobre os homens? Não sei. E o artigo não aborda o tema. Mas ele tem sido um dos quesitos sobre o qual cientistas tem se debruçado, discutindo o relacionamento dos robôs conosco, humanos – Robôs, humanos e sua convivência – e as implicações que esta convivência trará. Este, contudo, não é o foco, aqui. Ao se falar de guerra e à utilização nela de robôs – ou máquinas – é se eles terão, em um futuro, autonomia de ação, transformando-se, de forma efetiva, em réplicas dos humanos.
Pode ser que, um dia no futuro isso ocorra. De momento, no entanto, a guerra dos robôs não é, pelo menos na idealização que vemos nos livros, filmes e séries de TVs, nada semelhante a uma disputa humana/máquinas. Eles tem sido usados em benefício dos humanos, não tendo autonomia, nem tomando decisões. Daqui a pouco será diferente? Os cientistas acreditam que sim. Mas em relação ao futuro, nada fica posto. Então, vamos esperar por ele.
3 Respostas
Lino, sobre esse tema tenho duas dicas de filmes que mostram, como seria o nosso futuro: “Gamer”, com Gerald Butler (protagonista de 300) e ontem eu vi “Substitutos”, com Bruce Willis, que estreia hoje nos cinemas. Como histórias de sci fi, valem a pena ver e pensar a respeito.
Bjo e otimo findi.
Ah! Esqueci de dizer que ambos podem ser vistos pela net, on line, sem necessidade de fazer downloads.
Enquanto a máquina não pensar por sà própria, não há porque temê-las. E acredito que você deve adorar Battlestar Galactica, acertei?
Não faz sentido investir para a guerra.
Robos devem servir para outras coisas.