Acabo de completar um mês de quarentena e tenho usado vários meios parra arranjar ocupação e preencher o tempo. O que pode parecer igual, não é. Cada dia é diferente, não só pelas coisas que fazemos, mas como nos sentimos, já que todos, de uma ou de outra forma, estamos cercados pelo coronavírus e a doença dele derivada, a Covid19.
Mas como me ocupo? Não há uma rotina, mas uma das coisas que tenho feito com muito mais intensidade é participar nas atividades de casa, já que estamos eu e minha esposa sozinhos. Temos uma ajudante, que está afastada, mas que continua recebendo o seu pagamento normalmente, uma questão que achamos justa. É uma hora que não só devo, mas preciso participar, assumindo parte das atividades que a casa necessita realizar.
AO VIVO
Só que esta rotina de casa não ocupa todo o tempo, o que torna necessário achar novas atividades. Uma deles tem sido algumas apresentações ao vivo, com destaque, aqui, para duas delas: o balé Bolshoi, na apresentação do Quebra Nozes – excelente – e espetáculos do Cirque du Soleil, sem dúvidas das coisas mais interessantes que, no meu entender, estão disponíveis para todos através do YouTube.
Temos, eu e minha esposa, dedicado algum tempo a estes espetáculos e a ele acrescentamos a do cantor Andrea Bocelli, também ao vivo. No meu caso, específico, vejo algumas séries e, junto com a esposa, recorremos aos filmes, alguns antigos, outros novos, no final do dia, quando já não há mais trabalho formal.
Como já disse antes, a música também ocupa um espaço importante no meu dia a dia e continuou ouvindo-a, redescobrindo autores, cantores, gêneros e muitas vezes fazendo um passeio ao passado, rememorando artistas que há muito deixaram de estar na primeira linha dos aplicativos de streaming – Noel Rosa, Herivelto Martins, Cartola, Dalva de Oliveira, etc. E, de quebra, registro aqui algumas das coisas que tenho feito nesta quarentena.
JORNAIS E LIVROS
Também leio os jornais on line e procuro na Internet coisas que podem me interessar, assuntos que fujam da Covid19 e do coronavírus, que cobre quase o total do que a mídia publica – e faz muito bem em fazê-lo, informando corretamente sobre a pandemia. Tenho lido sobre economia, política, entretenimento e vários outros assuntos, sempre buscando alguma coisa nova.
E, por fim, sobram as leituras tradicionais, de livros. Terminei de ler alguns que tinha começado e parado e estou relendo outros, que tenho e que li há bastante tempo. Um deles, um romance de John Le Carré, me remeteu a uma antiga obra sua. Voltei a ela, diverti-me novamente e já escolhi novas obras, antigas e novas, colocando-as no meu objetivo de leitura.
Entrando no segundo mês de quarentena e não tendo perspectiva de quando ela vai acabar, tenho ainda muito que fazer, que me ocupar antes que o coronavírus e a Covid19 nos permita novamente a volta do que chamávamos de vida normal, mas que será certamente muito diferente de antes.