Os jornais de final de semana trouxeram uma boa notícia, que foi a subida de uma parcela considerável da população brasileira de classe.
Com isso, elas melhoraram o seu nível de vida, influindo no consumo, já¡ que passaram a comprar artigos que, antes, não conseguiam consumir.
A informação, no entanto, mostra outro lado da questão, que é a imensa maioria da população que continua com baixa renda e, no caso de uma boa parcela, excluída socialmente.
Neste panorama, alguns tem muito, outros tem menos e muitos não tem nada. Estabelecemos, assim, uma linha onde existem cidadãos de primeira e segunda classe.
No segundo caso, estão as empregadas domésticas – ou quem faz serviços domésticos. O Governo acaba de confirmar que são cidadãs – ou cidadãos – de segunda classe.
Se tem emprego, não tem uma série de direitos que, no país, todo trabalhador tem.
Se querem a formalização, devem se contentar com o que tem e ficarem sem FGTS e outros benefícios trabalhistas que os empregados “normais” já tem.
É por este tipo de procedimento que o Brasil é um país socialmente injusto.
E a injustiça maior decorre do fato de se estabelecer dois tipos de cidadania, o que se repete, agora, com os serviços domésticos.