Acho que desde que aprendemos a nos comunicar uma questão é sempre posta: somos iguais ou somos diferentes como pessoas? Durante muitos anos a resposta dizia que, sim, éramos diferentes, e não só pela cor da pele, dos cabelos, dos olhos. Foi nesta diferença que se basearam todos os argumentos raciais, traçando a superioridade de uma raça sobre a outra.
Nos tempos mais modernos, o argumento racional foi perdendo força. Chegamos, então, à pesquisa de genes e, com ela, veio a certeza que somos todos humanos, não importa se negros, brancos, amarelos, mulatos ou pardos. Diziam-nos os cientistas que, do ponto de vista do genoma, éramos pelo menos 99% iguais. E se chegamos tão próximo dos 100%, de nada adianta falar em diferenças.
Mas será que é assim mesmo? Sim, dizem os cientistas. Como um todo somos muito parecidos – não importando se somos baixos, altos, magros, gordos, temos olhos azuis ou não. Geneticamente somos formados do mesmo material e, na raça humana, ele é pelo menos 99% idêntico de uma para outra pessoa, homem ou mulher.
O que os cientistas estão nos dizendo agora é que, nesta semelhança, existe diversidade. E uma diversidade quase tão grande como a que vemos ao caminhar na rua, olhar para as pessoas que estão próximas. O que vemos são os mais diferentes tipos humanos. Assim é também com a genética. Do seu ponto de vista também somos diferentes e esta variação é bem acentuada. Como raça humana somos iguais, mas como pessoas, diferentes.
O que os cientistas estão buscando é o mapeamento de homens e mulheres. Querem ver como se dá a troca genética entre eles, a herança que deixam aos filhos e que tipo de virtude ou fraqueza passam a seus descendentes. O que buscam, no final, é ter um mapa completo que lhes possibilite medir a saúde das pessoas a partir dos seus genes. Vai chegar a hora, diz J. Craig Venter, um dos mais conhecidos geneticistas do mundo, que as pessoas poderão comparar seus genomas.
Do ponto de vista da saúde, é bom. Do ponto de vista da individualidade, não sei. O que me parece é que, à medida que estes estudos avançarem, vamos ficar mais e mais expostos. E nossa genética é que irá determinar o que seremos, o que faremos. Estaremos, então e talvez, entrando na era da programação genética, dos cruzamentos feitos no sentido de melhorar a raça.
É o que hoje, sem um conhecimento extensivo, se faz, por exemplo, com bois, cavalos e outros animais que tem linhagem e que são fruto de inúmeros cruzamentos. Acho que, de certa forma, vamos chegar quase ao Admirável Mundo Novo, como relatou Aldous Huxley.
Sou favorável ao avanço cientifico, mas confesso que este tipo de informação – que possibilita o controle – me mete medo.
13 Respostas
Essa diversidade que você mencionou, Lino, é que nos faz seres especiais, não?
Que graça teria se fóssemos iguais ou, quem sabe,99% parecidos?
Bjo.
Lino, eu não curto muito determinadas novidades cientÃficas. Acho que todo ser humano é único e assim deve continuar. Beijocas
Oi amigo, quanto tempo…
mas, passei aqui para te convidar pro HURRICANE DAY (Dia do Furacão), eu e um amigo blogueiro, o Mr. J do blog Segunda a Sexta (não sei se vc o conhece) instituimos o dia 8 de setembro, num ato de insanidade, como o Dia do Furacão!!! Contamos com sua participação com uma postagem especial para o dia e divulgando tb seria legal!!! Leia mais no meu blog, ok?
beijocas
Carl Jung disse, certa vez, que todos nós nascemos originais e morremos cópias. E os estudos recentes têm comprovado essa diferença individual entre cada um de nós.
Acredito que somos muito parecidos, nós seres humanos, em muita coisa, mas que teremos sempre o nosso pingo de originalidade: semelhantes sempre, iguais jamais!
mete medo em mim tbm Lino…
Bjão..e ótimo feriado!!
Sei lá, não entendi xongas mas se sou igual, sou igual a uma anta ahahaha
realmente essa questão de igualdade dá pano pra manga! acho que somos milagres,em nossas diferenças e semelhanças. prefiro as diferenças pois até os principios da quÃmica dizem que os opostos se atraem…então eu celebro isso!! Vive la diferance!!!
*estou colocando um link seu no meu blog
Lino, as vezes tenho medo da ciencia e do futuro…tecnologia em excesso…
Cara, é sério…
Bjos
Geneticamente podemos ser iguais, mas o meio em que vivemos e nossas experiências nos diferem, quanto às pesquisas elas são sempre benéficas, o ideal seria erradicar todas as doenças, creio que isso não configuraria seleção e sim evolução.
Lino, retornando, deixo meu abraço, semelhante a tantos outros abraços, mas com aquele calor especial e único, dessa criatura semelhante a vc, mas diferente, diversa, única. Sei que a ciência anda a milhões de nosso cotidiano, mas prefiro me ater ao instante presente diante de mim. E se a ciência pretender controlar de tal forma a humanidade, sempre haverá as surpresas que a Mãe Natureza vai aprontar para desbaratar tanta loucura. Abraços
Nao sei pq, me fez recordar de um certo alemao que queria fazer a raça “pura”.
bjs
ameiiiiiiiiiiiiiiiii
eu quero fazer sexo