A questão do voto nulo

Tenho recebido algumas correntes, via Internet, pregando o voto nulo.

O argumento é sempre o mesmo: os políticos não merecem confiança e, por isso, votar nulo é puni-los, não os elegendo.

O raciocínio não é correto. Quem vota nulo, normalmente, é quem tem maior informação, consciência e sabe escolher um candidato.

A maioria da população vai votar, e vota em alguém. Muitos, por clientelismo. Outros, por interesse, mas o fato é que a maioria vota.

Se assim é, anular o voto, não pude os políticos. Na verdade, ajuda aos maus políticos, já¡ que, sem o voto consciente, fica mais fácil deles se elegerem.

Só votando – e pedindo votos – é que podemos mudar a situação, afastando do Executivo e do Legislativo os maus políticos e colocando neles os bons.

Anular o voto, para usar uma analogia, é lavar as mãos, dizendo: não quero participar.

E quem não participa não pode, depois, cobrar ou reclamar.

Votar – agora, nestas eleições – é muito importante. Vamos exercitar não o dever, mas o direito ao voto e eleger bons políticos.

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