Em todo o mundo há¡, hoje, uma intensa discussão sobre jornalismo e seus rumos.
Com a Internet em crescimento questiona-se o velho modelo do jornalismo informativo, que vai a reboque das notícias já dadas e repetidas em outros meios – rádios, tvs e Internet.
Jornais e revistas estão se reinventando, mudando de formato, alterando conteúdo e, com isso, buscando manter seus leitores.
Este panorama afeta, também, o Brasil. Recentemente, o Jornal do Brasil mudou. A Folha de S. Paulo manteve o formato, mas mudou forma e acrescentou conteúdo. Outros jornais estão tomando o mesmo rumo.
O objetivo de todos é encontrar uma nova fórmula para o jornalismo, de forma a suprir o leitor com informações realmente relevantes.
A discussão está¡ aberta e não tem prazo para ser fechada. Enquanto ela ocorre, vamos vendo, aqui e ali, mostras de bom jornalismo, de trabalho sério, bem feito e que apresenta, no final, ótimos resultados.
É o caso, por exemplo, de matéria publicada no jornal A Gazeta, de Vitória, no Esparto Santo.
A repórter Gabriela Rolke fez um trabalho primoroso. Levantou nomes, comparou nomeações, ouviu todos os lados envolvidos e produziu uma matéria que escancara uma prática comum no país, o nepotismo.
O que a repórter descobriu é que, impedido de nomear parentes, os “figurões” de um poder estão recorrendo a outros. Acabam de criar o nepotismo cruzado.
Nele, Judiciário nomeia parentes do Legislativo, que retribui ao Judiciário, e assim por diante. No final, os parentes continuam empregados, burlando a legislação.
A Gabriela e A Gazeta estão de parabéns pela matéria.
Sem devida, uma mostra do bom jornalismo.