Um dos assuntos recorrentes, quando se fala de vestibular, é que, a cada ano, as redações estão piores. Refletem, neste caso, a piora da qualidade de ensino, que leva à universidade alunos com grandes deficiência de aprendizado.
Entra ano e sai ano, listas circulam pelos jornais e pela internet. Nelas, algumas das pérolas cometidas por alunos que, saindo do ensino médio, estão tentando uma vaga na universidade, aqui significando universidade pública.
Agora mesmo, está¡ havendo um vestibular para a Universidade Federal do Espírito Santo. E dele vem uma série de pérolas como:
- “(…) ler bússola de remédio”.
- “O abito de leitura ajuda a formar indivíduos mais conssientes”.
- “Devido ao baixo poder acsitivo”
- “Por iço e nem por raquilo que sabemo. Somos filhio de Deus”.
- “Nós, cidadões brasileiros, temos de mudar essa cituação”.
- ” (…) entra num prosseço de transf., passa dedesconheçedor para conheçedor”.
- “Alguns são inguinorantes (…) temos suplhilhos (sobrinhos) ótimos”
- “Ao fiquissarmos nossos olhos”.
Como podem ver, são, em alguns casos, erros primários, de total desconhecimento do português, pelo menos no seu lado escrito, e das regras gramaticais. A quem culpar, neste caso?
Não acho que toda a culpa deva ser atribuída aos alunos. Eles vem, quase sempre, de um meio onde a educação não é o forte. E não tem, de parte do Estado, a assistência necessária para se desenvolverem.
Querem um exemplo? Todos nós sabemos que a leitura é essencial para o desenvolvimento da escrita. Quem lê, tem maior facilidade do que quem não o faz. Isto está¡ mais que comprovado.
Mas como pedir para ler a quem ganha trás salários âmnios, que é o salário médio do brasileiro? Não dá. E não existem, nas escolas ou fora delas, bibliotecas que ofereçam ao jovem e ao estudante a oportunidade de ler.
No final, analisando bem a situação, podemos dizer que a sociedade, que ajuda a manter a injustiça e o fosso social, é que é a responsável por estes jovens chegaram ao vestibular com um conhecimento muito pequeno.
E você, concorda? O que acha que deveria ser feito para mudar a situação?
MARCAS DESCONHECIDAS
Marcas desconhecidas invadem o mercado de imagem e som do Brasil.
Foston, Wizard, Apacer e X Tek estão entre os fabricantes que chegaram ao País e ajudaram a derrubar os preços. Em alguns casos, são 36 marcas diferentes – e desconhecidas – disputando o mercado.
A informação é de O Estado de São Paulo, que percorreu lojas para ver como anda a venda de eletrônicos para este Natal.
O que você acha disso? E quando vai comprar, o que influi, a marca ou o preço?
COMO VOCÊ SE VÊ?
É isto que a pesquisa desta semana está¡ perguntando. Vá lá, na barra lateral, escolha o seu tipo e vote. Participe!.
35 Respostas
Que tristeza essas frases, né? Hoje em dia faculdade não serve pra muita coisa. Imagina o segundo grau? Abs
Lino, na sexta passada, o Jô contou algumas dessas célebres frases. É de chorar e de rir ao mesmo tempo. Triste paÃs o nosso.
Querido, farei uma pequena viagem e só voltarei ao mundo blogueiro no fim de semana. Beijocas e até sábado.
Lino: sobre os erros da lÃngua portuguesa o texto do professor José Martins de Souza é o grande lance para compreender este fenômeno. Os erros não são dos alunos. São da escola, do sistema de ensino. Nossos alunos para o professor 9e eu concordo) vem do campo ou de populações presumidamente modernas , mas não o são. Culturalmente a própria cidade de São Paulo é a que concentra o maior aglomerado caipira e sertanejo do Brasil. daà que essas diferenças culturais e linguÃsticas na escola se juntam com as dos professores. Os professores tb falam assim oue screvem assim como seus alunos.
Revista USP, n. 64, p. 28-49 dez/fev 2004/2005
abraços
marta
Quanto às marcas: eu vou mais pelos preços, mas evito as porcarias que duram pouco.
Em Vitória a Biblioteca Pública é longe, de difÃcil acesso, sem árvores ou atrativos à sua volta . Poucos livros e tratamento horrÃvel.Precisa de tanto documento para fazer a ficha que ninguém frequenta , só quem mora por perto.( ? )Na FAFI só tem pseudos intelectuais e até ficamos com medo de entrar. E comprar livros é mt difÃcil pelo preço astronômico .O resultado é este.Uma lingua difÃcil , cheia de dogmas, regras absurdas , letras diferentes para o mesmo som a caminho de tornar-se extinta com o tempo.Eu não vou fazer nada para que não desapareça porque preciso escrever com dicionário do lado para saber se a palavra é com s ou z, ch ou x. Isso também faz com que o paÃs tenha tantos analfabetos.Um bando de pobres com mania de grandeza.
Lino, eu prestei vestibular em novembro, vou fazer minha segunda faculdade. Faz 15 anos q prestei a primeira e nunca mais tinha visto nenhuma dessas matérias…Passei em primeiro no meu curso. Pra vc ver como o ensino está fraco, pois eles estão com essas matérias frescas na cabeça.
Triste isso não? Beijos
É trágico!!!!
Livro não é barato, mas o hábito da leitura passa longe dos brasileiros pelo grande desinteresse que existe. Não é prática entre nós, o que é uma pena! Sem uma boa leitura seremos pobres “escritores”. “Para escrever bem, é preciso ler muito”. O escritor mineiro Autran Dourado, 77, autor de mais de 19 livros e ganhador do Prêmio Camões em 2000, também recomenda: “Leia os que sabem escrever bem. Não leia coisas ruins”. Dourado diz que costuma reler Machado de Assis todos os anos, para “limpar a lÃngua”.
Bjos…tenha uma ótima semana!
E dizer que tem advogados, médicos e empresários que também não sabem escrever. Eu acho que ainda falta investimento dos governantes na educação. Vi em um jornal semana passada que o salário dos professores no Brasil é um dos mais baixos do mundo. Desestimulando-os na hora e ensinar. Prejudicando ainda mais a qualidade do ensino no nosso paÃs.
Meu querido Lino,
Eu não culpo os alunos, culpo as pessoas. Existem centenas de maneiras de se ler, basta para isso querer. Querer querer mesmo ninguém quer, porque não lhes foi criado o hábito. Grana é desculpa, a gente tá cansado de ver pessoas que sem recurso algum aprendem até outras linguas.
Abração broder, boa semana pra ti
Lino…
Já dei meu voto 🙂
Uma super semana 😉
Vixe! eu não me enquadro em nenhuma destas opções ai da pesquisa hihihi
ai ai
acho que estou fora do lugar 🙂
sou um tanto complicada em algumas coisas, mas não sou problematica- sou bastante objetiva qdo é necessário e resolvo os problemas, mas me encaixo mais neste item.
Certinha? nem tanto. Patricinha? já passei do ponto…
LIno, eu gosto de marcas consagradas pela qualidade, melhor pagar mais e ter um bom produto do que ter um mais barato e daqui a pouco ficar sem, melhor esperar e comprar o melhor.
Falo em rel. à eletrodomésticos, som, PC.
Outras coisas não me importo de usar sem marcas, já disse aqui antes.
tks pelo comentário, respondi lá.
Bjs Laura
Lino, eu acho que, pior que escrever palavras erradas e cometer erros gramaticais, é o fato das pessoas não conseguirem escrever de forma clara e que se faça entender. Aqui no meu trabalho, temos muitos exemplos de pessoas inteligentÃssimas, que sabem escrever corretamente as palavras, mas que não conseguem se fazer entender através da escrita.
Ler um documento que eles escrevem é um pesadelo. Tem um até que tem consciência do problema que ele tem e sempre, antes de entregar algum documento, me pede pra ler pra ver se eu entendo. Aà eu sugiro algumas mudanças e assim, acho que ele está melhorando.
O ensino no nosso paÃs está mesmo precisando melhorar muito!
Lino: Concordo parcialmente com você.O Estado tem a sua parcela de culpa. Acredito que uma pessoa que realmente queira mudar o rumo de sua vida para melhor, luta por isso. Estuda em bibliotecas, presta atenção nas aulas, tem fome de conhecimento. PARA VENCER TEM QUE LUTAR!!!!
Tô dentro do post sobre a Clarice Lispector.
Não podemos nos esquecer que vivemos num paÃs que trata educação como supérfulo.
gd ab
A educação, mais uma vez, caÃda no esquecimento, né? Por isso, essas “pérolas”, que, ao invés de nos encher de orgulho, nos traz é tristeza. Bjao.
Oi Lino. Obrigada pela visita lá no blog 😉
Acho que o princÃpio de tudo é a educação de qualidade. Aqui as pessoas passam de ano sem saber ler, não desenvolvem consciência social, vivem a vida sem propósito. Quando nossos queridos polÃticos tomarem vergonha na cara e usarem o dinheiro em benefÃcio do povo, talvez em cem anos as coisas estejam melhores 🙁
Bjosss
Oi Lino! Vim agradecer a visita no meu blog e achei bem interessante essa discussão que vc levanta sobre a trágica situação do ensino no Brasil. Realmente não dá pra dizer que a culpa é de quem não aprende direito. Além de uma reforma geral no ensino, o que precisa ser feito no Brasil é uma super campanha de fomento à leitura, como aquela “Quem lê, viaja”, vc lembra? Eu sempre fui rata de biblioteca e frequentei desde as mais pobrinhas até as mais abastecidas. E mesmo quando ainda não comprava livros eu sempre pude ler muito. É uma cultura que trago de casa, e que quero passar para os meus filhos e para quem mais eu puder influenciar! É isso aÃ, abraços e uma ótima semana.
O que me preocupa não é a falta de acesso dos jovens à boa leitura – ou à qualquer leitura.
O triste é ver tantas pessoas com recursos ou acesso e que jamais foram estimuladas. Muitos desses jovens vestibulandos tiveram oportunidade de desenvolver o hábito mas optaram por não ter.
Lino, acho que é um conjunto de fatores: a pobreza, a pouca e deficiente educação para a grande maioria, o hábito da leitura que é pouco incentivado e por que não – o preço dos livros (apesar das Bibliotecas). Mas no fim a conclusão: é triste mesmo ver pessoas “se habilitando” (tentando pelo menos) sabendo tão pouco, sem saber. Pena. Quem perde é o paÃs. “Um paÃs se faz com homens e livros”, certo?
beijos querido, boa semana!
Oi Lino, é triste, de fazer chorar mesmo que não leciona.
Culpo o sistema de ensino, que pouco tem sido cuidado pelos governantes em geral.
Atribuo também (e a culpa também vem de cima) ao pouco hábito da leitura, porque quem não lê não escreve direito e quem lê, muitas vezes escreve bem, sem conhecer direito as regras de gramática, simplesmente por ter sido educado à maneira correta.
Quanto comprar. Pesquiso sim, como boa dona-de-casa.
Estipulo preços máximos. Se estiver acima, não levo, nem que tenha que não lavar roupas, ou andar menos porque achei abusivo o aumento do combustÃvel.
Mas, como a pergunta se refere a eletrônicos, eu pesquiso também e faço uma mescla de marca e preço.
Levo os dois em consideração, procurando o melhor custo-benefÃcio.
Grande abraço!
Lino,
chega a ser humilhante ler essas barbaridades! Mas a palavra “culpa” traz em sà uma conotação cristã que não me agrada muito. Prefiro dizer que o “problema” vem de muito longe, pois o brasileiro comum não é muito chegado a leituras. Nunca foi incentivado e nunca sentiu necessidade.
Até governantes fazem a maior apologia sobre nunca terem lido um livro sequer!
Por outro lado, o próprio governo atrapalha o sistema de ensino preparando mal e porcamente os professores que deveriam passar um pouco de conhecimento (que nem sempre têm) para seus alunos. E também lhes paga salários irrisórios, degradantes mesmo.
Existem heróis (e heroÃnas) que se viram como podem e dão tudo o que têm para seus alunos. Infelizmente esses são poucos e nem sempre têm muito a dar devido à situação precária em que vivem.
E a própria sociedade, não liga para isso, por falta de conhecimento ou de tempo mesmo. Afinal, dos doze meses do ano, quatro trabalhamos de graça para o governo! As pessoas que estão no topo da pirâmide têm todas as condições até mesmo para mandar os filhos para o exterior, ou para excelentes e carÃssimas escolas locais. Já a classe média, cada vez mais próxima da base da pirâmide, tem que se virar para não faltar comida e algum conforto em casa, o que não lhe permite preocupar-se com o que os filhos andam aprendendo. Ou se estão aprendendo alguma coisa. E ninguém reclama, ninguém reage, ninguém cobra.
E as coisas vão se eternizando numa roda-viva, onde o sistema educacional está piorando a cada nova volta dessa roda.
Abraços,
Zeca.
E a tendência é piorar, Lino… Os adolescentes não param de escrever ” axim muleke, tah bom, naum, xá pra lá”, por conta da Internet, um horror
beijos e boa semana
MM
ps: acredita que tenho amigos que aaaaamo que escrevem barbaridades como “sincero” com c??????????
Olá Lino. Sabe, eu estudei a vida toda em colégio particular (graças a todo o esforço da minha mãe), e o que mais via ao meu redor eram crianças e adolescentes ricos ou de classe média alta, que não tinham o menor interesse pela leitura. Nada, nada, nada. Atualmente, no meu minusculo municÃpio, onde existe uma biblioteca municipal bem estruturada, observo crianças de baixa renda frequentando o local, estudando e levando livros para casa. Já os playboyzinhos da cidade, não passam nem na frente (trabalho ao lado da biblioteca).
Sinceramente, não saberia apontar de quem é a culpa.
Beijos
Oi Lino,
acho que antes de ensinar as crianças a ler e a escrever, tinham que ensinar a pensar. A galera não lê, quando lê não entende, e quando escreve é uma desgraceira, porque as pessoas não estão habituadas a pensar.
Beijos
PS: Já postei vários pedaços de mim. Essa é a parada.
Lino: APARECE NO “ENCANTO” , TÊM DICAS DE SEXO( uau……………………..).
http://www.elisabetecunha.wordpress.com
Vou esperar!!
O problema é do sistema educacional brasileiro, que desconsidera totalmente as disciplinas humanÃsticas e, o pior de tudo, manda que os alunos passem de ano automaticamente, só para ter uma estatÃstica bonitinha “pra inglês ver”.
E eu quero participar do post com texto de Clarice Lispector. Mando pro blog “In the name of love”, não é?
Discordo totalmente!!
1 – esses pobres que vc diz que não tem nem como comprar livro, não tem condições de prestar um vestibular.
2 – quem gosta de ler, lê até “bussula” de remedio hehehehe, ou jornal jogado no chão, revista na sala de espera de dentista, cabeleleiro ou o que tiver a mão.
3 – Se vc visitar uns bloguxos de jovens, vc vai ver que eles excrevem axxim, e axxado, acostumam tanto escrever errado que na hora de fazer uma redação na certa não lembrar como escreve corretamente a palavra, e tem aqueles que por preguiça de digitam tão resumido que esquecem como escreve de verdade.
4 – por mais pobrezinha que seja uma escola, sempre tem uma biblioteca, ou pelo menos existe uma publica na cidade, o que falta nos jovens é a vontade e o gosto pela leitura, ai já não se pode culpar professores, mas os pais que não incentivam a leitura, sendo que muitos tb não gostam de ler ai vai dar o exemplo como??
falei e disse!! rs
bjs
Nunca critico ninguem por causa de erros de portugues, porque com certeza tambem erro, mas claro que ler ajuda a escrever corretamente…mas com vc disse nao dar quando se ganhar 350 reais.
Lino, a situação do Brasil em matéria de ensino é muito triste. O governo tem culpa pelo descaso com a Educação, a escola tem culpa pela metodologia empregada, os pais tem culpa porque prefere muitas vezes dar um tênis importado do que comprar um livro para o filho e o aluno tem culpa por ser acomodado.
Mas vamos combinar que a nossa lÃngua não é fácil. Podemos falar errado(que derepente não é errado) mas temos que escrever certo. Complicado não?
Bjos.
lino,
recebi e-mail sobre blogagem clarice lispector. ainda não me decidi.
abs.tertu
Olá, Lino! De fato, a Educação não é o forte do Brasil. Concordo com tudo o que escreveu. Apenas gostaria de registrar que, a meu “mirde” ver… O que falta é aquilo que classifico como Cultura de berço. Resido em uma cidade de 10 mil habitantes no interior de São Paulo, Joanópolis. Temos 5 bibliotecas! Sempre vazias! Tornar a Cultura atrativa, creio eu, é nosso maior desafio. Sou contra obrigar um garoto de 15 anos a ler “Dom Casmurro”, se ele ainda não leu sequer “O Patinho Feio” ou “A Ilha do Tesouro”. Abraços!
Lino, eu tenho um escritório de advocacia e os erros que leio em petições, tu não irias acreditar, até “danos moraes” eles pedem.
É difÃcil mesmo comprar livros, eu fico louca nas livrarias e so da pra comprar uns 2 por mês, talvez 4 em Natal e aniversários, hahaha.
Beijos
Lino, nossa lÃngua é complicada mesmo e o ensino muito, mas muito deficiente. Entretanto, quando erros primários são cometidos nas provas da OAB é por que a coisa está “preta”!
Bom, acho que já escrevi sobre esse problema (falta de conhecimento da lÃngua) muitas vezes no meu blog, pois é uma situação bem comum. Vejo quase todo santo dia. Qdo era profa de redação, então… era uma vida dura! 😉 Votei em várias opções da sua nova enquete.