No início, bem no início deste blog, um dos assuntos que abordei com maior frequência foi a educação. Considero que ela é uma das coisas mais importantes e que, no Brasil, não se tem a atenção que merece.
Um dos post falava sobre a melhoria das pessoas que concluíam um curso superior. A constatação era de que, sim, quem passava pelo ensino superior melhorava sua remuneração e, com isso, melhorava de vida.
Agora, vejo uma outra estatística que me surpreendeu, e muito: o desemprego entre os que, mesmo educados, pertencem às camadas mais pobres, é várias vezes superior a quem está nas camadas superiores.
O que provoca isso? Aparentemente, uma coisa que, no Brasil, virou tradição. Quem está nas classes mais favorecidas tem QI – Quem indica. E isto parece ser essencial para começar na vida profissional.
O que o estudo deixa entrever – e que me deixa ainda mais assustado – é que o QI supera a meritocracia, a fórmula mais correta de se contratar alguém, fazendo-o pelo seu mérito, pelo que sabe, pelo que conhece, não por ter alguém que o indica.
O fato é que, na hora da contratação, a meritocracia não funciona. E há¡ muito mais desempregados entre os mais pobre que entre os que estão mais acima.
O que fica patente é a desigualdade existente no Brasil, com a elite ocupando todos os espaços e deixando uma estreita faixa para quem a ela não pertence.
BLOG EM DESTAQUE
Uma boa notícia – pelo menos para este blog – no início da semana: Somos um dos destaques desta semana na Gazeta dos Blogueiros.
E, neste caso, temos muito boas companhias. Confira”
QUAL É SUA MÚSICA?
E a pesquisa continua. Vote no tipo de música que você prefere. Veja na barra ao lado. Participe”.
26 Respostas
Lino, este lance do QI acontece faz tempo no Brasil, mas pelo jeito agora esta mais discarado.
Bjs
Esse lance de educação ta me tirando o sono, meu filho ta entrando na idade escolar, e eu to quase tendo um surto…
Beijos
Lino, querido, sei bem como é isso pois me formei há dois anos e se não fosse a agenda de contatos que fiz [aliás, sugestão valiosissima de uma professora] eu não teria conseguido trabalhar. Faço freelas em comunicação e sei beeeem o quão a barra está pesada para descolar um trabalho.
Lamentável!
beijos, parabéns pela indicação, obrigada pela visita [volte sempre!]
MM
Boa Tarde Lino!
Outro texto atual, interessante e como sempre:Inteligente!
Vim retribuir a visita, e desejar a você uma boa semana também! Com feriado né???
Proclamação da República….
Abraço, Crissssss….
Lino, agradeço a visita e pabenizo-o pelo destaque.
Em relação ao seu post. A questão não é nem a meritocracia, como é sabido a cotização do ensino superior, para dar uma força aos que não podem acessar o ensino superior em iguais condições, já acaba com isso. Infelizmente o governo vai pela trilha mais fácil ao invés de investir no ensino fundamental e médio.
Infelizmente, esse tal de QI é real e, pelo que podemos ver por aÃ, é uma ida sem volta. O que nos entristece, sem dúvida, é saber que existe tanta gente capaz, inteligente, querendo e precisando de uma oportunidade. Vou ali gritar minha indignação e já volto.
Lino, eu bato na mesma tecla que vc! Educação em primeiro lugar, mas educação de base. Somos o paÃs de universitários desempregados ou fazendo serviço técnico.
Se estivessemos escolas de base e cursos técnicos de nivel médio a coisa seria diferente.
Sou contra cotas, queria um ensino digno do inÃcio ao fim!
Pena que ensino de base não “vende” tanto do que fazer “dotô” né?
beijos
Oi!
Parabéns pelo Destaque no GB.
Adorei seu blog.
beijokas
Bom, Lino, na minha opinião, o QI é apenas um dos problemas do Brasil. O fato de os menos qualificados estarem desempregados em maior número, se deve também ao aumento da exigência de qualificação para aceder ao emprego. Hoje em dia tudo é informatizado, uma pessoa sem o segundo grau completo, pelo menos, tem pouquÃssimas chances de ser remunerada com decência. Sem falar nos conhecimentos de informática, de inglês… Mas não tiro sua razão não. Quem não tem padrinho nesse paÃs não se estabelece.
Lino, acho que hoje não basta ter formação superior, tem que ter algumas qualificações também como saber lidar com a informática e falar no mÃnimo inglês. Mas tudo isso cai por terra quando alguém tem QI. Aà é soda!
Bjos.
E alguns itens dessa tal “polÃtica afirmativa” não ajudam em nada. O sistema de cotas por exemplo, diminui muito a importância do mérito.
Lino, o pior é que educação realmente não é sinônimo de emprego. Eu sou jornalista, pós-graduada, e sei que sou competente. Antes de montar minha empresa, fiquei cerca de um ano sem trabalho…
Olá Companheiro de Destaque 🙂
Vim retribuir a visita 🙂 Parece-me que o seu blogue é um blogue muito interessante, por isso tenciono voltar com mais tempo.
Um beijinho
realmente, educação é priridade. muda-se a vida de uma pessoa através da educação, não como fator de emprego, mas como questão de cidadania.
A falta de emprego é geral, até para os qualificados. Vemos muitos recém-formados sem estrutura nenhuma de mercado de trabalho. As faculdades não fornecem formação suficiente. Quanto ao quesito QI, acho preferÃvel, estando os profissionais no mesmo nÃvel, contratar quem você conhece. Não vejo mal nisso. O que está acontecendo na realidade, é que, a pessoa sonha a vida toda trabalhar numa profissão e quando forma caà na real, o que faz? Vai trabalhar com a famÃlia. É isso que estou vendo acontecer ultimamente, os negócios de famÃlia estão deslanchando.
Quanto à parte cultural, essa tem que ser investida desde a infância, no ensino de base. O Brasil precisa de mais escolas e de profissionais preparados.
Parabéns pelo destaque!! Beijus
Outro dia li uma reportagem que dizia que o QI estava com os dias contados…não basta só ter QI, tinha que ter realmente “vocação” para o trabalho…
Boa semana.
Vivemos tempos do levar vantagem em tudo. Quem tem parentes ou amigos importantes se locupleta e dane-se o esforço pessoal.
Chato isso.
Um abraço!
Hoje realmente existe muitas pessoas formadas desempregadas ou até mesmo desiludidos com a profissão que escolheram.
Essa do QI é dose mesmo, já vi muitos casos assim, contratam quem é amigo ou sentem afinidade, sem se importar se a pessoa realmente dava para a coisa, mas nos casos que eu presenciei, ambos se deram mal, o trabalho foi tão mal feito que foram parar nas estatisticas dos desempregados.
bjs
Essa elite brasileira tem todos os defeitos do mundo..so que pra ela…ai depois nao entende essa violencia louca que tem no Brasil..Esse QI tem aqui na Noruega tambem…as empresas estao cheia de gente de QI por isso os imigrantes nao tehm muitas chances..nao tehm QI. Aqui os jovens na se formam..muitos terminam apenas um curso profissionalizante. saiu uma pesquisa dizendo que isso acontece porque a diferenca salarial entre um formado e nao formado nao e la muita coisa.
Olá! descobri teu blog através da gazeta e concordei com o prêmio, quanto ao texto gostei da nova palavra “meritocracia”.
Se tem QI (quem indica) tem tb o QA (quem atrapalha).
Valeu!
Lino,
Acertou na mosca quando falou sobre o tipo de Q.I. que importa.Tô cançado de ver meu trabalho indo para o esgoto (junto com dinheiro público) toda vez que um apadrinhado toma meu lugar.
Parabéns pelo destaque na G.B. e obrigado pela visita.
Um abraço.
Triste essa história de QI e infelizmente está cada vez mais frequente.
Parabéns por ser destaque, você merece o seu blog é muito bom!
Um ótimo feriado!
Uma pena, será que isso muda um dia? É tanta coisa que tem que ser modificada pela raÃz… e esse polÃticos, mesmo os mais bem intencionados, só estão cuidando dos sintomas em vez de realmente mexer lá no âmago da doença. Um passo de cada vez.
Um beijo pra você e parabéns pela indicação!
Lino, o desemprego está pegando para todo mundo. Eu ando morrendo de medo da minha filha não trabalhar na área que gosta. Querido, meus parabéns por ter sido destaque na Gazeta dos Blogueiros. Beijocas
Rapaz, é um texto bacana como sempre são os seus, um tema interessante que não posso opinar, porque minha trajetória profissional contradiz toda e qualquer estatÃstica conhecida. hehehe
Um abração
Parabéns Lino, pelo destaque!! Sobre o desemprego, ele se tornou regra mundial. É uma das conseqüências do capital especulativo, que não gera emprego..veja o comentário da Cilene. O desemprego é a manifestação do neoliberalismo nefasto, que coloca os lucros das transnacionais acima do Estado e do bem comum. A exacerbação do egoÃsmo humano, que tb não possui sensibilidade para o coletivo, é igualmente fruto dessa sociedade injusta porque capitalista. Sob a égide do capital, nem dá prá ser diferente! Por isso considero tão importante movimentos que lutam por um “outro mundo possÃvel”. Abraços!