“Eu igual a toda meninada
Quanta travessura eu fazia.
Jogo de botão pela calçada,
eu era feliz e não sabia”.
Sempre que o assunto é infância, não sei porque me vem esta música à cabeça. Talvez por ter sido um mega sucesso com Ataulfo Alves, na minha infância.
Sem televisão, o rádio era o que havia. E em casa, ele estava sempre ligado. Minha mãe gostava de música, e não só de ouvi-las, mas de cantar também.
E meu pai ouvia, pela manhã, rádios de São Paulo. E o que gostava, que era música sertaneja de raiz. Eu, criança, tinha outras preocupações que não a música. Mas elas ficaram gravadas e hoje eu me lembro.
Morando em uma área rural, em casa, com um grande quintal e perto de um rio, divertia-me de várias formas. Uma delas era pescar, no que era considerado bom. Elogiado pelos meus pais e, muitas vezes, invejado pelos meus colegas, já que sempre pegava um bom número de peixes.
O que eles não sabiam – meus pais, não os colegas – é que o rio servia para outra brincadeira: colocar as galinhas para nadar.
Funcionava assim: Pegava uma galinha e a atirava no meio do rio. Ela voltava nadando.
Então, era pega de novo, atirada novamente e, mais uma vez, voltava. O “barato” era saber que galinha nadava melhor. Na época, era divertido.
Uma brincadeira semelhante era feita com o gato. O bicho, como todos sabem, detesta água, mas nada muito bem. Então, gato na água que, rapidamente, volta nadando.
Crueldade? Hoje, olhando em perspectiva, concordo que talvez fosse e que certamente não faria nada disso.
Quando criança, no entanto, era puro divertimento. Melhor do que isso só entrar nas poças de água e sair, além de molhado, todo cheio de barro.
Quantos “pitos” levei por me sujar, aos calçados e à roupa nesta poças. Não dava mais para usar a desculpa da queda. Pais, afinal, não são bobos.
Quando à competição de nado entre galinhas e gatos, eles só souberam mais tarde, muito mais tarde, quando era adulto. Aí, já não podia levar “pitos” ou, neste caso, uma punição mais severa, como castigo.
Por que contar isso? Não chega a ser uma blogagem coletiva, mas está¡ atendendo à sugestão da Micha de falar sobre a infância e algumas de nossas travessuras.
Aí estão algumas das minhas. E, lembrando bem, eram divertidas.
6 Respostas
Lino, eu não conheço esta musica, acho que não tive infância- é vero. bj Laura
Lino, legal seu texto! Gostei demais! Abraços!
Lino: ser criança é bom demais…pena que as crianças de hj não sentem o gostinho de liberdade e tranquilidade que já saboreamos no passado!
Abraços carinhosos e bom Domingo pr avc.
Vim aqui retribuir a visita e adorei imaginar a cena dessas travessuras! 🙂 Como dizem em Goiás, que menino custoso!!
a música não é da minha época, mas gostei da letra..
essa da galinha foi demais..ahahha amei..
desculpa o atraso em passar aqui, mas a correria do feriado foi grande, nem linkei ng, pois nem coloquie o nome de post comunitário.
beijossssssss
Bricadeiras de fazenda são mesmo as mais legais… E fazer boizinho de chuchu?
Ou amarrar pedrinha em gafanhoto pra ver se o bixo voa?
Ah, bons tempos aqueles sem videogame…