Desde que o homem olhou para o céu e se sentiu impotente diante de algo que lhe parecia infinito, tem feito uma pergunta: como será o amanhã? Ao tentar adivinhar como será o futuro ele, ao mesmo tempo, procura se preparar para o que virá e busca segurança de que as mudanças terão, no final, o menor impacto sobre o que faz, como vive.
Hoje, com as mudanças sendo feitas com muito maior rapidez, a pergunta é muito mais frequente. O problema é que não temos uma, mas várias respostas. E qualquer que escolhamos é tão boa quanto a outra, e isso cria um grau maior de incerteza e, com ela, vem a insegurança. Fato é que, amanhã, tudo será diferente. Mas como será o amanhã?
Acho que uma boa visão pode ser dada tomando-se por base uma palestra de Michell Zappa. Nela, ele procura antecipar as cinco tecnologias que amanhã farão diferenças nos próximos cinco anos. Um dos aspectos mais interessantes é o relacionado aos computadores e como vamos interagir com eles a partir de agora. E é nessa interação que nasce o conceito de computação universal.
Nela, os computadores como hoje os conhecemos serão quase que invisíveis, pois não estaremos ligados somente via PCs, mas através de uma série de gadgets – indo da geladeira de casa ao guarda-chuva que usamos. Neles, teremos serviços, informações e toda uma possibilidade de comunicação, incluindo a possibilidade de localização, e interação, o que levaria a identificação de quem somos, nossas preferencias, etc.
Neste caso, já estamos entrando na fase do que poderíamos chamar – a expressão é do Michell – de computação universal, baseada em datas centers com enorme capacidade de armazenamento e distribuição de informações via internet, mediante o maciço uso da banda larga, incluindo as novas tecnologias de comunicação sem fio, como o WiMax.
Teríamos, neste caso, apenas dispositivos de acesso. Não mais vamos precisar de capacidade local de armazenagem, pois os programas estarão nestes centros de armazenagem, bem como os nossos dados. Exemplo? O Google Docs, que lhe disponibiliza uma série de ferramentas que podem ser acessadas de qualquer lugar. O padrão deve ser esse: acesso direto e fácil, sem armazenamento local, com total disponibilidade, seja onde estejamos.
Este caminho já começou, mas as ligações ainda são pequenas, mas irão aumentando. Para nós, é o caminho da inclusão. Para muitos, será o da exclusão. Mas a mudança não será detida. Então, é bom que tenhamos pelo menos uma visão do que vai ser e isso o Michell dá muito bem. Até discordo dele no que se refere às viagens espaciais, mas no caso do avanço da computação e de sua universalização – pelo menos para um segmento da sociedade – ela já começou, efetivamente.
Então, podemos afirmar que o amanhã já desponta. E será totalmente ligado.
Como o assunto é tecnologia, acho que as frases abaixo são apropriadas para este tema. Confiram e me digam o que acharam.
“Qualquer tecnologia suficientemente avançada parece ser mágica”. Arthur C. Clarke, Escritor.
“Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez”. Simone de Beauvoir, Escritora.
E que todos tenhamos um ótimo final de semana.
11 Respostas
Concordo plenamente com Simone de Beauvoir: somos escravos dessa nossa tecnologia que sempre avança a passos largos.
Confesso que estou nessa: não vivo sem minha internet, meu MP4, meu celular (apesar de usar só o necessário) e outras coisitas que me fazem feliz.
Mas todo cuidado é pouco, né?
Bjão e otimo findi.
É a realização do que vimos/lemos em varios filmes/livros de ficção cientÃfica,LINO.
Confesso que achava tão distante de nossa era. Mas taÃ,batendo à nossa porta.
Abraços!
Vi esses dias a foto de um celular conceitual, com o formato de…uma luva! E se isso já é possivel, não vai demorar a possibilidade de acessar dados visuais por uma interface igual a uma folha de papel, ou jornais em formato de páginas, maleáveis, cuja informação é atualizada a todo momento. O indivÃduo assinaria com o jornal ereceberia o aparelho, nada mais de papel.
Aliás, desde que apareceu o Google Docs que cada vez menos carrego meu laptop por aÃ. Se onde eu vou tem um computador à disposição, basta abrir o Google e seus inestimáveis instrumentos de trabalho.
E lembrando que hoje, de qualquer bom smartphone você já está bem conectado.
Um abração e ótimo fim de semana para você também!
O futuro depende do presente que plantamos.
Acho que toda esta tecnologia é maravilhosa e muito útil, mas não devemos perder de vista a idéia que ela é feita para nos servir, e que nossa felicidade não depende dela.
Um abraço.
Ótimo post e feliz dia das mães a todas as mães leitoras do blog… ou melhor, não só as mães, aos filhos também!
É verdade, Lino.
Cada vez mais nos tornamos dependentes das novas tecnologias. E isso me assusta um pouco. Motivo pelo qual ainda resisto ao celular, aos MP’s e outras “modernidades mágicas”. Mas já não consigo viver sem internet.
Por isso me identifico mais com a frase de Artur C.Clarke: “Qualquer tecnologia suficientemente avançada parece ser mágicaâ€.
Grande abraço e ótima semana.
Estou ansioso pelo teletransporte. Já imaginou estar num lugar e de repente em outro?
rá! adorei que a palestra virou post! saudades, cacai! e vontade de ter o celular que lê o produto e diz de onde é e se ainda tem – pra comprar os sapatos que a gente vê na fila! =)
Muito legal! E super-obrigado pela presença na palestra : )
grande abraço
mz