Quem por aqui passa, principalmente com alguma frequência, sabe que um dos assuntos sempre comentados é a educação.
No Brasil, quando se trata de educação, temos números muito surpreendentes. De um lado, o baixo investimento feito pelo poder público. De outro, ilhas de excelências, mesmo com este baixo investimento.
Agora, o Ministério da Educação e Cultura acaba de publicar dados sobre o “provão” – que mudou de nome – para alunos do ensino superior.
O que o MEC constatou é que cerca de 40% dos alunos da amostra sabiam, no final do curso, o mesmo que no Inácio. O que isso significa? Que passaram pelos bancos escolares e não aprenderam nada.
E o pior: a grande maioria pagou pelos cursos que fez, já que o número de alunos nas escolas particulares é muito maior que nas públicas.
Esses alunos desperdiçaram tempo e dinheiro. Talvez se tivessem ficado na praia teriam aprendido mais, conseguindo novos conhecimentos.
A culpa é do ensino superior? Em parte, sim. Mas o grande vilão, na verdade, é o ensino de base. Sem uma boa preparação a universidade – pública ou particular – não pode exigir do aluno.
Com má¡ preparação, ele não tem como absorver conhecimento. Daí, passar por um curso sem aprender praticamente nada.
O vilão, no final, é o próprio sistema de ensino. E isso só vai mudar quando a educação for, efetivamente, prioridade no Brasil.
2 Respostas
Tudo em volta influencia, eu acho: um monte de celebrities fajutas cheias de dinheiro e um presidente torneiro mecânico não são um super incentivo à cultura/estudos, não??
Se cada professor tivesse 1% de compromisso com o futuro do país e não com o salário garantido no final de cada mês, o Brasil seria outro, pois teríamos pessoas com capacidade de tomarem decisões corretas, respeitar a si e aos outros, terem responsabilidades e maior liberdade sem favorecer a construção de penitenciárias de segurança máxima.