Olhe para o lado? O que você vê?
Se estiver no Brasil, na certa alguém diferente de você próprio. A verdade é que não somos iguais. O mundo se constrói com diferenças, não com igualdades e é essa diversidade que o torna atraente. Pessoas são diferentes. Lugares, também. As culturas, o modo de viver, o sentir, o comportar-se, a cor da pele, a religião, os gostos, tudo aponta para a diferença.
Se somos diferentes, temos, no entanto, algumas coisas em comum. A primeira delas é que estamos todos presos ao mesmo planeta, embora em espaços diferentes. E isso nos leva a uma primeira reflexão: só temos um mondo. E, nele, uma única chance de o manter para nós mesmos e para futuras gerações. Esta é a grande base comum que une toda a humanidade, a preservação do planeta e, nele, o habitat para o homem.
Temos, também, uma só vida. E isso é ainda mais verdadeiro em relação ao homem. Cada um de nós carrega uma carga genética que nos aproxima, apesar das identidades multifacetadas, dos parâmetros culturais, dos credos, dos gostos, da própria vida. E esta é uma vida curta. Então, por que não vivê-la em harmonia. E essa harmonia se dá não só em relação ao planeta, que precisamos preservar, mas e principalmente em relação aos nossos semelhantes.
Um mundo, uma vida então não significa que todos tenhamos de ser iguais, ter as mesmas crenças, adotar os mesmos padres culturais. Significa, sim, respeitar a diversidade, saber que existem diferenças, que não temos as mesmas crenças, os mesmos gostos, dizer não a padronização, respeitar o espaço do outro e reconhecer que ele tem tanto direito como nós de defender aquilo em que acredita.
Só apostando na diversidade, que provoca o entendimento, premia a comunicação e obriga à coabitação é que teremos, verdadeiramente, um mundo onde os direitos humanos sejam para todos. Coabitar – e somos levados compulsoriamente a isso – significa, no final, respeitar os espaços, as crenças e a cultura do outro. Saber que ele é diferente, mas que, no fundo da diferença existe um ser humano, que é igual a todos nós.
Brancos, negros, amarelos, pardos, índios, nórdicos, africanos, asiáticos, brasileiros ou latino-americanos somos, no final, todos homens. E temos todos a mesma carga de DNA. É sobre uma base comum, que alia identidade e diversidade, que podemos construir um mundo mais justo, respeitando o que o outro é, faz e pensa. E assim, coabitar o planeta, construindo desde já uma utopia que é a busca da paz, do respeito à diversidade e do reconhecimento que somos únicos.
Só a partir do reconhecimento da diversidade, que é baseada em uma igualdade – a de sermos, antes de tudo, seres humanos – é que podemos construir um mundo mais justo. E nele, construirmos, também, uma base para os direitos humanos, calcado na coabitação, que respeita diferentes, mas ressalta identidades. Aliás, bem dentro da proposta do Sam, de Direitos Humanos, Um mundo, Uma vida.
Com tolerância, com entendimento, com respeito vamos, na certa, fazer com que tenhamos um mundo, uma vida. E ao fazê-lo estaremos destacando o respeito aos direitos humanos, que é o direito de o outro ser diferente de nós.
TINTA, CANETA, ARTE
Já imaginou uma pintura, uma paisagem, feita risquinho por risquinho com uma caneta? Não precisa imaginar, mas é o que o Dácio, um amigo blogueiro, faz. E não só faz, mas expõe parte de sua produção no Arte e Manhas, um site cultural que expõe pinturas, mas fala, também, de muito mais.
Acho que vale a pena uma visita, ver as pinturas do Dácio e dar um voto a ele, que está concorrendo com outras 54. O trabalho, além de belo, mostra uma técnica impecável e você só sabe que foi feito a bico de pena porque ele o disse e eu estou repetindo aqui.
Então, o que está esperando? Vá lá apreciar as pinturas e dar o seu voto para o Dácio.
34 Respostas
Há diversidade nos posts sobre Direitos Humanos. É muito bom que cada um esteja abordando o tema de forma diferente porque assim estaremos unindo nossas idéias em torno de uma só. E o melhor, estamos todos aprendendo uns com os outros.
Boa tarde, a menina q tecla e chora, mas diz q
n chora, pediu para avisar vc.
Vá no meu blog. N~tem nada de especial, é uma coisa bem simples.
bj
a.
Abrangente e sintetizando todo o princÃpio da ideia….eu nem tinha pensado nisto tudo!!!
Amei este texto e a rigorosa simplicidade que proporciona outro olhar nesta questão.
Ah eu disse à hemisfério para avisar-te que ela participa,pq não sei de cor o nome do blog do Sam.
Parabéns,Lino.:)
Quisera eu poder descrever sobre a unidade na diversidade como você o fez.
Precisamos ir para além da tolerância e aceitação, ir ao encontro do diferente e do distinto, apreciar a diferença, entender que não somos clones uns dos outros, mas flores distintas de um mesmo jardim. Temos uma vida em harmonia na nossa bela diferença e temos um jardim multicolorido, belo, cheio de aromas celestiais que é esse nosso mundo único no qual vivemos, em busca dos nossos direitos e ajudando aos demais.
Obrigado por tudo, Lino!
Lino, acreditamos na diversidade e união de idéias, por isso cá estamos a levantar essa bandeira contigo. Juntos caminhamos rumo a liberdade!
É preciso lutar pela igualdade, preservando as diferenças, e isso é muito, mas muito difÃcil, como a humanidade comprova por si mesma.
Lino, como vai?
Vim ler o teu texto e agradecer o convite. Um abraço,
Lino, vou lá conferir.Querido, você viu a foto da menina tendo o seu clitoris cortado lá na Ãfrica?Está no blog da Magui. Não existem direitos humanos em lugar algum do mundo.
Beijocas muito tristes.
Lino, como você disse a diversidade não deve ser um pretexto para esquecer a fraternidade, porque aquém dela está uma igualdade, que está escrita no Artigo I da Declaração dos Direitos Humanos.
Parabéns pelo post. Um abraço.
No atual estágio da humanidade, desejar a PAZ e que “um mundo, uma vida”, sejam uma forma de viver é mesmo uma utopia, mas precisamos perseguir utopias para alcançar as coisas possÃveis, o mÃnimo de dignidade para o ser humano.
É como o horizonte, a gente nunca alcança, mas não fosse o desejo de chegar lá, não sairiamos do lugar…
Um abraço.
Linno,
Gostei demais do seu texto. Aceitar as diferenças é, com certeza, a base dos direitos humanos. No meu post, também, apoio nos requintes atuais da comunicação, como o melhor caminho para compreender o outro.
beoijos
pat
Oi Lino!
Parabéns pelo texto! O caminho é esse mesmo.
Pena que não pude participar, ando numa correria danada. Coisas de fim de ano.
beijos querido e boa semana,
Como bem disse a Chuvinha,é muito interessante a diversidade nas abordagens desta blogagem coletiva,LINO.
Particularmente,respeito,tolerância e entendimento são coisas que estão muito em falta atualmente.
Abração e uma otima semana
Lino, a atmosfera é a mesma em toda a terra, se estamos acabando com a humanidade, estamos destruindo nós mesmos! Beijus
As diversidades são importantÃssimas para o convÃvio, mas o respeito tem que ser o mesmo para todos.
Infelizmente muitos não se dão conta que a vida é uma só e que fazemos parte do emso planeta…
Posso estar sendo meio sarcástica Lino, mas muita gente deveria acessar aqueles sites com bizarrices, sabe para quê?TRATAMENTO DE CHOQUE!!!!!!!!Muita gente está merecendo isso,é o que eu penso.
Ah, Lino:sites estilo mundo cão, mundo bizarro,entendeu?Um abraço.
Lino
Sei que vc não tem nada a ver, mas sinceramnte esa blogagem coletiva me deixou muito a desejar. Pimeiro eu fui das primeiras a aceitar participar e meu nome não constava nas listas. Vim de jauá preocupada com minha palavrade que participaria e vejo que nem o idealiador da blogagem ciletiva teve a educação de me visitar. Dessas blogagens, tô fora, não participarei mais.
um abraço
elisabete cunha
Lino,
um abraço.
Não é facil agradar a todos!
Lino,
Não poderia deixar de vir aqui ler seu post, e como sempre, valeu a pena!
Uma visão pessoal e interessante a sua abordagem, e você disse tudo: ” …Somos antes de tudo, seres humanos”…
Abraço carinhoso e uma semana iluminada, Cris
Lino,… boa noite! Aproveitei a blogagem coletiva pelos direitos huamnos para conhecer alguns dos blogs participantes. Parabéns! Gostei bastante do seu site. Por enquanto li apenas o texto da blogagem coletiva. Contudo, voltarei depois para ler com mais calma. Saúde e sucesso pra você,… hoje e sempre. Grande abraço!
Ao situar a palavra amor em desuso o seu humano perde-se em si mesmo e em seus interesses tão contraditórios quanto perigosos. Sem amor não é possÃvel salvar absolutamente nada e por incrÃvel que pareça, a natureza reage de forma enérgica à ausência do amor. Mas, muitos de nós insistem em não perceber isso.
Cadinho RoCo
Lino,
Muito bem colocado. Somente respeitando as diversidades estaremos promovendo a paz e os direitos de todos.
Beijos,
Rosana
Estimado amigo,
A Maria Augusta bem resumiu o que eu gostaria de dizer.
Parabéns pela abordagem.
Grande abraço!
Noves fora, gostei muito da fartura de Robert Plant na sua trilha sonora. Novos parabéns por isso!
Pois é, grande Lino… Eu muitas vezes me desencanto com a natureza humana. Mas sei que há entre os injustos aqueles que honram a raça. Quando a gente olha o que vai pelo mundo, dá uma tristeza…
Seu texto é belÃssimo. Parabéns. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Lino
Belo post! Aprender a viver com as diferenças é um grande passo.
O problema nesse caso são os próprios seres humanos…
Numa época em que se dá o prêmio Nobel da Paz para o Al Gore, tudo é possÃvel até um homem filho de cabeças coroadas dos EUA e que transformaram o paÃs maior poluidor do mundo receber um prêmio tão importante.Al Gore sopra e assovia ao mesmo tempo.
Oi, Lino
Primeiro: obrigada por avisar da blogagem
Segundo: emocionei-me com o post. Encheu os olhos de água. Obrigada.
Infelizmente nossa diversidade se perde muito nos muros dos condomÃnios fechados, dos shoppings e de tudo aquilo que, em nome da segurança, criamos para nos isolar daqueles que não são como nós.
Lino
Excelente abordagem. Realmente o respeito a diversidade é o caminho da coerência e da interação para fazer desse um mundo melhor. Enquanto ainda dá tempo, né?
Vou visitar o Dárcio agora.
Abs
P.S.: na minha blogagem sobre o tema trabalhei com os dez primeiros capÃtulos da Declaração dos Direitos Humanos
Lino como sempre um belo post!
Tb participei.
Agora vou la ver o trabalho do teu amigo.
Meire
Lino, bom dia! Muito bem elucidado seu texto nos coloca na dimensão do Homem, igual e diverso, no espaço Terra. Grande lucidez. Obrigada pelo convite a participar, assim pude também postar alguma coisa, tocar nessa orquestra por um dia. Já pensou se em todas as cidades e lugares, numa praça ou beco, se fizesse algo para lembrar a fraternidade? Seria muito forte, bateria no coração de mais gente. Abraços.
Ainda estamos tão distantes do respeito ao ser humano, quando olhamos as barbáries cometidas ao longo da história e que ainda hoje acontecem, fico pensando que nem sei como ainda estamos vivos.
Bom, como não podemos perder as esperanças, desejo sempre que encontremos o caminho do respeito mútuo. Ótima blogagem!
Beijos Lino e ótima semana!!!
Lino, volto para confirmar que Tuiávii é personagem real, já dos tempos da fotografia, no livro há sua foto com sua mulher. O depoimento dele foi recolhido por Erich Schermann. Nota do editor: “Se publicamos as falas deste nativo é porque estamos convencidos de que para nós, brancos, instruÃdos, pode ser útil conhecer a forma como nos vê, a nós e a nossa cultura, um indivÃduo estreitamente ligado à natureza.”
De tal forma sua expressão nos espanta, que pensamos ser lenda, conto, ficção.
Grande abraço, amigo.
LOROCAE – Centro de Apoio aos Jovens Timor Lorosae
Sob o lema “Por um sorriso vosso”, um grupo de jovens portugueses, conscienciosos da necessidade de uma rápida intervenção junto das crianças timorenses, procurou construir um projecto sólido, sem fins lucrativos, no sentido de potenciar uma vida melhor a todos estes meninos e meninas que tantos cuidados precisam.
Não pretendemos substituir a escola, visamos uma polÃtica de cooperação com as escolas locais, com o governo nacional, com a escola portuguesa, assim como os demais agentes e organizações no terreno.