Você bebe? Na verdade esta é uma pergunta retórica, daquelas que não demandam resposta. Se olharmos à nossa volta, entre nossos amigos, colegas de trabalho e conhecidos vamos constatar que a maioria bebe, nem que seja socialmente, tomando um chope, uma taça de vinho ou uma dose de uísque. Nada contra, até porque o álcool e o fumo são duas drogas sancionadas pela sociedade, hoje, não há dúvida, o fumo muito menos, já que o seu uso, pelo menos no Ocidente, está em queda graças às campanhas antitabagistas.
Por que esta questão? Ela parte de uma matéria publicada na mídia impressa capixaba que chama a atenção para o ranking que a capital do Espírito Santo, Vitória, ocupa na lista dos bebedores do Brasil. A cidade, segundo esta estatística, é a sétima do Brasil onde mais se bebe, quando se olha o conjunto da sociedade, mas pula para o terceiro lugar quando se fala só das mulheres, embora, no total, o sexo frágil (?) ainda perca para o sexo forte (?). Para se ter ideia, a média nacional das pessoas que bebem é de 18,9% enquanto entre os capixabas o percentual é de 22,1%.
Cabe uma explicação: a estatística é feita levando-se em conta que o homem, quando o bebe, toma acima de quatro doses. Por exemplo, no caso do chope, toma pelo menos quatro deles, Neste caso, o levantamento mostrou que um terço da população masculina de Vitória tem este comportamento. O percentual exato é de 30,8%. A medida estabelecida, segundo quem fez o trabalho, estabelece o excesso de bebida. No caso das mulheres, o volume bebido é menor, sendo considerado excesso trás doses ou mais e seu percentual é um pouco inferior ao dos homens, com 28,8%.
O que se constata é que a resposta para a pergunta inicial deste artigo está respondida afirmativamente. Mas não pensem que os capixabas bebem muito. Lembrem-se que acima deles temos outras seis capitais – que a matéria não relaciona – onde se bebe mais do que na cidade de Vitória. E a questão não é localizada, já que o Brasil, na questão de bebida, se coloca à frente, por exemplo, dos nossos “hermanos” argentinos e dos yankees – lembram-se de quando “Yankees Go Home” era uma espécie de refrão antiamericano?.
Os números, neste e em outros casos em que se mede a quantidade que as pessoas bebem, apontam para um sério problema, que é o excesso de bebida. E isso está atingindo mais os mais jovens, que saem, participam das baladas e tomam todas. Temos visto, aqui no Espírito Santo e em outros Estados a que isso leva: acidentes, brigas, mortes, etc. A bebida, em si, não é um mal, como ocorre com o cigarro. Ela consumida moderadamente pode – diz a ciência – até fazer bem, como é o caso de uma taça de vinho diariamente. O que não vale é acumular as taças e tomá-las toda de uma vez em um só dia. Isso é excesso. E como sabemos, todos os excessos acabam criando problemas.
Talvez, como aconteceu no meu caso, isso mude com a experiência, com o passar dos anos. Enquanto isso não ocorre, infelizmente, a bebida – seja no Espírito Santo ou em qualquer parte do mundo – está causando problemas, gerando inclusive problemas médicos sérios, afetando a saúde das pessoas. O que fazer? Talvez o caminho seja o mesmo do tabaco, com Governos e sociedade iniciando campanhas que desestimulem a bebida. No caso do cigarro deu certo. Então, por que não repeti-la com a bebida, mostrando que, tal como o fumo, ela pode matar. Como é o caso da campanha da Unimed, que ilustra este post.
O fato – pelo menos eu entendo assim – é que precisamos desestimular a bebida, principalmente entre os jovens. E você, o que acha?
4 Respostas
Eu acho que o governo poderia, sim, fazer campanhas contra o excesso de bebidas, que é muito bom e eu gosto, mas como tudo na vida tem que ter limites, ser dosado.
Bom fim de semana, Lino.
Bjim.
Oi Lino,
Euao bebo nada de nada. Mas outro dia bebi meio copo de pisco ( com uma receita “gourmet”, tipo uma capirinha) fiquei alegrissima, relaxada rapidinho e acordei com uma dor de cabeça de rssaca braba. Penso que deveria haver camapnha contra sim, pela saude das pessoas.. Se meio copinho de pisco faz isso, que dira quem te o habito de bebr, deve aniquilar o cerebro, o figado e a compostura ne nao?
Lino,
sou “suspeitésima” para comentar pois tenho aversão a bebida! Fui educada em uma família onde ninguém bebe nada e fui casada com um alcoolatra criado em uma família onde todos bebem então…
Bjs
Só quem não bebe enxerga todo o prejuízo que a bebida trás para as pessoas que bebem e as que não bebem. Alcoólatra não é somente o cara que bebe compulsivamente e que cai por aí! Alcoólatra é aquela pessoa que acha que a bebida ‘tem’ que estar presente em qualquer evento. A pessoa não sabe frequentar um restaurante, festa e etc., sem que esteja segurando um copo nas mãos. Daí você vai explicar para essa pessoa, que no dia a dia, ela tem lapsos de memória, fica agressiva gratuitamente, entre outros desvios de comportamento e o alcoólatra não aceita, não enxerga o que a bebida faz com o seu cérebro! Mas tudo isto é cultural, não é? Porque os machinhos de plantão acham que para ser homem tem que beber, gostar de futebol, fazer sexo gratuitamente…
Boa semana! Beijus,